Gláucia Lemos
Eu sou a tua casa, sou teu pouso.
Deita na rede que te dá meu colo.
Eu te amo como o rio que prossegue
no leito que não muda nem regressa.
Como a união das asas da gaivota
na sincronia firme do seu vôo.
Eu te quero como a dor que me persegue
pelo pão que me alimenta em teu abraço.
Vem ter comigo quando a noite é treva!
Pois é na nossa chama que se eleva,
que o universo se ilumina e aquece.
Gláucia Lemos é autora de Procissão e outros Contos (FUNCEB, 1996) e mais 20 títulos.
5 comentários:
Nossa! muito lindo este poema. Este amor apaixonado. Beijos.
Gláucia, vou escrever este teu poema, que agora é meu também, e vou dá-lo à minha mulher, pois faz tempo que não digo uma coisa apaixonada para ela. Ela é muito chorona. Tomara que não chore. Beijos.
Muito bonito, Gláucia. Como sempre.
Oba, Flamarion! Estou vaidosa por me tornar portadora - com meu poema - de um momento apaixonado entre você e sua mulher. Ela vai chorar, sim, vai chorar lágrimas amorosas para você. Todo homem deve de vez em quando repetir à sua amada o quanto a ama,isso realimenta! Mas é tão raro... Eu tb choro, até escrevendo.
Obrigada tb a você , Vilarinho.
Uau! Quanta força e paixão!... Adorei, Gláucia...
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