quarta-feira, 13 de agosto de 2008

A CASA



Gláucia Lemos




Eu sou a tua casa, sou teu pouso.
Deita na rede que te dá meu colo.

Eu te amo como o rio que prossegue
no leito que não muda nem regressa.
Como a união das asas da gaivota
na sincronia firme do seu vôo.
Eu te quero como a dor que me persegue
pelo pão que me alimenta em teu abraço.

Vem ter comigo quando a noite é treva!
Pois é na nossa chama que se eleva,
que o universo se ilumina e aquece.



Gláucia Lemos é autora de Procissão e outros Contos (FUNCEB, 1996) e mais 20 títulos.

5 comentários:

Anônimo disse...

Nossa! muito lindo este poema. Este amor apaixonado. Beijos.

Anônimo disse...

Gláucia, vou escrever este teu poema, que agora é meu também, e vou dá-lo à minha mulher, pois faz tempo que não digo uma coisa apaixonada para ela. Ela é muito chorona. Tomara que não chore. Beijos.

Carlos Vilarinho disse...

Muito bonito, Gláucia. Como sempre.

Anônimo disse...

Oba, Flamarion! Estou vaidosa por me tornar portadora - com meu poema - de um momento apaixonado entre você e sua mulher. Ela vai chorar, sim, vai chorar lágrimas amorosas para você. Todo homem deve de vez em quando repetir à sua amada o quanto a ama,isso realimenta! Mas é tão raro... Eu tb choro, até escrevendo.
Obrigada tb a você , Vilarinho.

Anônimo disse...

Uau! Quanta força e paixão!... Adorei, Gláucia...