sexta-feira, 26 de março de 2010

WELLADAY,WELLADAY!

Gerana Damulakis

O poema abaixo foi retirado do volume Música de Câmara (Iluminuras, 1998), de James Joyce, tradução de Alípio Correia de Franca Neto. Primeiro livro publicado pelo autor de Ulisses, nada acrescenta, nada diminui, serve como uma curiosidade genética em torno da obra de Joyce, ainda que vista como uma poesia de segunda ordem.

IX
Ventos de maio, em dança mar afora,
Dançando lá numa giranda em glória,
De sulco em sulco, a espuma esvoaçando
Ao alto, até tornar-se uma guirlanda
De arcos prateados que atravessam o ar -
Não viram meu amor nalgum lugar?
------Malandança, malandança!
------Ah, ventos de maio em dança!
Amor é triste se amor está a distância!



Ilustração: Gisèle Freund, James Joyce lendo, 1939.