domingo, 9 de agosto de 2009

Ó PAI


Gerana Damulakis


Por que me abandonaste?
Cristo


Qualquer dia, qualquer mês
e estou só.
Só as estrias de luz mostram o ar
carregando suas massas de partículas
redondas, tantas quantas são
as pessoas da multidão.
Lá fora é onde deve haver alguém.
Por que tarda?
Estou em plena tarde
sem perder o relógio de vista.
Preciso dizer-te isto, meu Pai,
que já vivo a minha tarde
e tenho medo.



Sei que já fiz uma postagem com o mesmo poema, sei que já fiz uma postagem com a mesma foto. Estou, influenciada por Maria Muadiê, me repetindo. Mas, só tenho um ou dois poemas apresentáveis. Mas, não sei passar direito minhas fotos para meu computador. Então,... é tão horrível não ter mais pai, assim como aquele barquinho que vejo daqui, lá no mar, sozinho, cinza no meio de tanto azul. Encerrando, para não amarelar. GD