segunda-feira, 30 de novembro de 2009

KÓSTAS KARYOTÁKIS

ÁRVORE
-----------Kóstas Karyotákis


Com rosto indiferente e ar de pouco caso,
saúdo as madrugadas, os ocasos.

Árvore, hei de olhar, com mirada isenta,
o céu azul ou a fúria da tormenta.

A vida, digo, é féretro no qual
dor e alegria do homem têm o seu final.

-----------------in Nepente [Nipénthi, 1921]

Tradução de José Paulo Paes
Kóstas Karyotákis (1896-1928) e sua poesia ficaram como representativos da geração dos anos 20 do século passado na literatura grega.
Poesia Moderna da Grécia. Seleção, tradução direta do grego, prefácio, textos críticos e notas de José Paulo Paes. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1986.