
GD
O poema abaixo é uma homenagem do poeta Bernardo Linhares ao poema de Sosígenes Costa. Primeiramente, pensei em colocar ambos os poemas para sentirmos o diálogo; depois, achei mais interessante que cada leitor, se apreciador da obra poética de Sosígenes Costa, fosse sentindo, do seu modo, o quanto o poema de BL conversa com SC e, de resto, aplaude o poeta de Belmonte.
AZUL
Bernardo Linhares
Para Luzia e JVeloso
---------------------------------------------------------------------- O mais azul de todos os delírios
---------Sosígenes Costa
Tecendo e penetrando a nova aurora,
a lua nova agora devaneia.
Além da vela, vibra a flor da flora.
O azul cavalga o dorso da sereia.
Nascendo rosa em toda passiflora,
clareia o amarelo e o azul semeia.
Seus tons, seus entretons, fazendo a hora
o azul cavalga o dorso da sereia.
No verde, coroada por gaivotas,
a lua nova permanece acesa.
Feliz, a cor do mar dá cambalhotas
mostrando sobre as águas seu sorriso.
A vida segue a trilha da beleza
do azul que faz de tudo um paraíso.