sábado, 30 de maio de 2009

O CADERNO: NOVO LIVRO DE SARAMAGO

Gerana Damulakis

Tenho que esperar, mas pelo menos já li o que traz o novo livro de Saramago porque acompanho seu blog O caderno de Saramago (http://caderno.josesaramago.org). Ainda assim, sempre fico querendo ter o livro entre as mãos o mais rapidamente possível.
Para quem não segue o caderno, pode ter uma ideia do que trata o livro lendo o parágrafo escrito por Pilar del Río no blog da Fundação José Saramago ( http://blog.josesaramago.org ):

"Caderno de Saramago não é um livro de crónicas jornalísticas, é um livro de vida. Aí Saramago conta cada dia o que o motiva, o que o indigna ou o que lhe apetece. Comenta o minuto, mas também recupera uma declaração de amor a Lisboa. Fala dos seus autores preferidos, com humor define as calças sempre impecavelmente vincadas de Carlos Fuentes, mas também o universo turbulento dos turcos de Jorge Amado descobrindo a América. Fala de Obama, sim, mas também de Bush, e do Papa, e de Garzón, e de Pessoa, e de Sigifredo López e Rosa Parks, de tantos lutadores pacíficos que conseguiram mudar o mundo ou o estão tentando, embora haja quem prepare receitas para matar um homem ou para condená-lo à fome, à miséria, a um estádio em que o humano acaba por desaparecer. E Saramago emociona-se com gente, com amigos, com pormenores… São seis meses de vida em que Saramago opta e conta com pinceladas que bem poderiam ser versos, reflexiona na companhia de quem o lê, propõe e não se cansa. Seis meses de cartas inteligentes para leitores inteligentes, sem artifícios e com tudo o que tem para dizer. Porque Saramago não se cala, expõe, entra, derruba montanhas ou aponta com o dedo se nesse dia não pode com a escavadora, ou são necessários mais para manejá-la, então diz que essa encosta é um impedimento, uma rémora, um obstáculo na vida de muita gente e avançamos para a deitar abaixo porque poderemos, se somos muitos. Fala das mulheres, revela-se, indigna-se, emociona-se."