

Bastante oportuna a reedição dos contos do americano Raymond Carver (1938-1988) para evidenciar o quanto suas narrativas estão longe da corrente literária - o minimalismo -, na qual estavam incluídas.
Vítima do seu editor, Gordon Lish, da editora Knopf (Nova York), a coletânea de 1981, Do que estamos falando quando falamos de amor, foi reduzida à metade; tal corte, ao fim e ao cabo, modifica completamente os textos de um escritor.
Iniciantes (Companhia das Letras, 2009), com tradução de Rubens Figueiredo, traz o verdadeiro escritor, com contos longos, sem lacunas, sem finais súbitos.
Conto de mestre: "Uma coisinha boa". Inesquecível, para mim.