quinta-feira, 24 de novembro de 2016

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

POSSE DE CYRO DE MATTOS NA ALB

A partir da esquerda da foto na tela: os acadêmicos João Eurico Matta, Carlos Ribeiro, Aleilton Fonseca, Gerana Damulakis, Cyro de Mattos, Aramis Ribeiro Costa, Joaci Góes, a presidente Evelina Hoisel, Urania Tourinho Peres e  Dom Emanuel d'Able do Amaral.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

CYRO DE MATTOS ELEITO PARA A ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA

Cyro de Mattos foi eleito para a cadeira 22, sucedendo o poeta Clóvis Lima, da Academia de Letras da Bahia. Poeta e prosador, Cyro tem 55 títulos publicados e era membro correspondente da ALB porque mora fora de Salvador. Com a mudança no estatuto da instituição, Cyro de Mattos foi indicado e eleito membro efetivo.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

CONVERSAS COM HÉLIO PÓLVORA

As "orelhas" do meu livro Conversas com Hélio Pólvora estão assinadas por Aramis Ribeiro Costa. Segue o texto:

As  Conversas com Hélio Pólvora realmente existiram, e não somente nas entrevistas que são publicadas neste livro. Foram conversas que se tornaram uma única conversa ao longo de mais de vinte anos, do momento em que se conheceram àquele final em que ele partiu, deixando um imenso vazio em todos aqueles que o conheceram ou o leram.

O que uniu Gerana Damulakis e Hélio Pólvora, tornando-os grandes amigos e grandes interlocutores, foi o amor de ambos pela literatura, mas, principalmente, pela leitura. Grandes e apaixonados leitores, e não apenas dos consagrados, mas também dos que surgiam no cenário inesgotável das letras, eles tinham como assunto principal autores e obras, que discutiam à exaustão e com um enorme prazer em fazê-lo. Não foram poucas as vezes que leram propositadamente ao mesmo tempo os mesmos livros, com o intuito de trocarem ideias, durante e após a leitura.

Mas não apenas. Publicavam, ambos, com regularidade, resenhas e pequenos ensaios no Caderno Cultural de A Tarde. Gerana manteve, durante quatro anos, uma coluna semanal de crítica literária no Caderno 2 desse mesmo jornal, e ele a considerava a sua crítica oficial, encarregando-a de fazer as primeiras resenhas de seus novos livros, em jornais e periódicos. Também as entrevistas. Hélio não gostava de falar dele mesmo e de sua vida pessoal, talvez porque para ele o principal não fosse ele próprio, mas a sua obra. Escolhia Gerana Damulakis para entrevistá-lo, porque ela, além de conhecer profundamente a sua obra, e admirá-la, fazia-lhe, nas entrevistas, perguntas que diziam respeito à literatura, e não à vida pessoal do escritor. O resultado desse exercício permanente de cumplicidade e troca literária, encontra-se neste livro, escrito, na verdade, ao longo desses mais de vinte anos de convivência.

Por tudo isso, mas não unicamente pelo compromisso afetivo com o autor objeto desta obra, a sucessora de Hélio Pólvora na Cadeira número 29 da Academia de Letras da Bahia, a crítica literária e leitora Gerana Damulakis não podia deixar que se perdessem essas conversas, documentos que são da visão literária, da experiência, do conhecimento, do talento e da arte desse excepcional escritor que foi Hélio Pólvora, cuja obra de ficcionista é um patrimônio perpétuo da Bahia, a ser mais conhecida em todo o país.

Às entrevistas, a autora destas Conversas acrescentou textos seus sobre o escritor, publicados também ao longo desses muitos anos, exemplos de sua visão crítica, e que são outras tantas conversas, já que, ao serem dados a público em jornal, foram, na ocasião, lidos e comentados pelo próprio Hélio.



                                                           Aramis Ribeiro Costa

domingo, 24 de julho de 2016

LANÇAMENTO DE LIVRO DE ARAMIS RIBEIRO COSTA - DIA 02/08 NA ALB

 O ex-presidente e membro benfeitor da Academia de Letras da Bahia, Aramis Ribeiro Costa, lança, no dia 02 de agosto (terça-feira), o seu mais recente livro de contos, Retorno em tarde sem sol. A cerimônia acontece na sede da ALB, no Palacete Góes Calmon, no bairro de Nazaré, às 18 horas.

      A obra reúne quinze contos curtos, principalmente em relação às narrativas habituais do autor, que classifica como “pequenas aquarelas do cotidiano, carregadas, aqui e ali, nas tintas de algumas circunstâncias inusitadas”. Os textos trazem várias de suas características mais conhecidas, como o cenário, que é invariavelmente a cidade do Salvador, capital da Bahia, e a fluência e sedução do estilo, que fazem com que o leitor, uma vez tendo iniciado o volume, não o abandone antes da última palavra.

     Aramis Ribeiro Costa ocupa a Cadeira nº 12 da Academia de Letras da Bahia. É um dos principais escritores da literatura baiana contemporânea. Com mais de dez livros em edição nacional, entre conto, novela e romance, tem publicado mais contos que os demais gêneros. A sua obra de contista mereceu da editora da Universidade de Santa Cruz, a Editus, a publicação de um alentado volume de Contos Reunidos, na Coleção Nordestina, que circula nas universidades de todo o Nordeste, sendo objeto de estudos universitários em vários estados.

terça-feira, 12 de julho de 2016

A ETERNIDADE DA MAÇÃ, DE MARCUS VINÍCIUS RODRIGUES

Gerana Damulakis

Em nome da comissão avaliadora do Prêmio Nacional da Academia de Letras da Bahia 2016, composta pelos acadêmicos, os escritores Aleilton Fonseca e Carlos Ribeiro e esta leitora, quero atestar que o conjunto de contos A eternidade da maçã, de Marcus Vinícius Rodrigues, se destacou por apresentar uma estrutura organicamente elaborada, tendo como tema único a ditadura militar no Brasil na segunda metade do século passado. Além disso, há recursos instigantes, tal como a presença de uma epígrafe para cada conto, sempre com versos das canções dos baianos, na época exilados, Caetano Veloso e Gilberto Gil, funcionando não como mera ilustração, mas como um átrio para cada narrativa.
Marcus Vinícius Rodrigues não é um estreante. O escritor tem seis títulos publicados, de poesia e de contos, venceu prêmios literários importantes como, por exemplo, o da Fundação Casa de Jorge Amado e o Newton Sampaio de Contos, este último é um dos mais prestigiados do país.
Com o prêmio da ALB, patrocinado pela Fundação Gregório de Mattos, da Prefeitura Municipal da Cidade de Salvador, através do Edital "Arte em Toda Parte", Marcus Vinícius comprova ser um autor que conjuga os talentos da fabulação e da linguagem.

sexta-feira, 25 de março de 2016

JOCA: ANIVERSÁRIO E LANÇAMENTO DE LIVRO

Gerana Damulakis

No dia 9 de março, na livraria Cultura, João Carlos Teixeira Gomes comemorou seus 80 anos e lançou o livro A Brava Travessia - Memórias, Viagens e Artigos do Pena de Aço.
Foi uma noite adorável e memorável.
Na foto: Joca com Aramis Ribeiro Costa e eu.

NÓS FOMOS!


Gerana Damulakis

No lançamento do livro A Brava Travessia, de João Carlos Teixeira Gomes, o pena de aço, nosso querido Joca.
Na foto: o poeta e jornalista Florisvaldo Mattos, as jornalistas Simone Ribeiro e Kátia Borges, e eu.
Adorei a foto, voltei ao meu tempo no jornal A Tarde.

quarta-feira, 9 de março de 2016

OS POEMAS DE JOÃO RENATO MARINO



Os poemas de João Renato precisavam mesmo compor um livro. João é um livro organicamente estruturado, os poemas estão cuidadosamente colocados em 7 partes. É raríssimo (faço questão de enfatizar, é raríssimo) encontrar hoje em dia um livro com poemas do nível que a coletânea de João Renato Marino apresenta: a profundidade do que dizem os versos, o envolvimento que as palavras vão tecendo em torno do leitor e, ainda mais, o evidente conhecimento da arte poética. Enfim, a linguagem: "A linguagem deles foi tão escovada/ que a dor e a agonia brilham". São seus poemas que brilham nas páginas.

GUARDA

                  Para Gerana Damulakis

A dor imensa que te invade agora
em que a esperança te abandona,
teu sonho naufraga,
a dúvida sobre o mundo se esparrama
e destrói tantos credos
em pessoas e ideias à tua volta,

         – guarda-a –.

Mas guarda o tamanho,
não a mágoa,
porque teu coração e tua alma,
que de agonia e de tormento
agora se dilatam,
terão também mais tarde
para o gozo do prazer maior espaço.

E serás mais forte, mais sedento,
mais pronto

                                 – e talvez mais apto.


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

A PERDA DE MYRIAM FRAGA PARA TODOS NÓS




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Gerana Damulakis

A perda de Myriam Fraga para a cultura baiana, primeiramente para a poesia baiana, é imensurável.
E também a saudade, que vai aumentando e logo será imensurável quando chegarem as ocasiões e os momentos nos quais certamente Myriam estaria e já não estará.
Simplesmente estou arrasada com a morte de Myriam. Falei com ela alguns dias antes, jamais pensei que seria a última vez.
Foi uma ótima pessoa e foi a nossa poeta. Inesquecível, para mim, um fato entre tantos: fomos para o Rio de Janeiro por conta de uma Bienal. Do aeroporto tomamos o caminho do shopping da  Gávea e na livraria da Travessa - Aloísio havia colocado o livro de Myriam na vitrine - compramos nossos exemplares de Omeros, do poeta Derek Walcott, que havia recebido o Nobel de Literatura. Depois jantamos strogonoff. No dia seguinte, no táxi rumo ao local da Bienal, ela disse que havia lido o livro de Derek durante a noite e,  maravilhada, resumiu: "A síntese, a síntese!". Tal exclamação ficou dentro de mim.
Já doente, ela não conseguiu assistir a minha posse na ALB. Pelo telefone, emocionada, chorou e disse jamais ter imaginado não participar da minha posse, logo ela que, muitas vezes, fazendo contas dos votos que Fulano ou Beltrano teriam nas eleições, sempre contava com meu voto e eu precisava lembrar: "Myriam, eu não sou acadêmica". Então me respondia que, para ela, é como se eu já fosse sua confreira.
Fizemos parte de várias comissões para avaliação de originais nos últimos 20 anos; a última, no ano passado, foi a do Selo João Ubaldo Ribeiro, da Fundação Gregório de Mattos.
Muitas recordações. E muita poesia de primeira: a poesia de Myriam Fraga, sempre.