Gerana Damulakis
Solitude, récif, étoile...
Mallarmé
A última vez
aconteceu
por entre pensamentos:
lembranças aguadas
passeando pelas margens.
A última vez;
não a vez final:
verso nenhum finda
a menos que você
pare de encucar.
As lágrimas daqui
não são as da TV,
vídeo, cinema
que pára a cena
e repete a dor.
Somos um tanto das
pegadas dessas letras,
bailando pelos séculos
eternos e
últimos. Salut.
Este poema pertence ao livro Guardador de Mitos (Edição do autor, 1993).
4 comentários:
.....(como se suspira na escrita)...
cultivar uma ponta de solidão..para se livrar da solidão ...
letras bailando pelos séculos eternos e últimos..adorei isso!!
Belos versos ...beijos meus
Bonito poema! O final lembrou um meu chamado "NO CORTE DO DIA" (postado no blog em janeiro).
Muito prazer.
Leandro Jardim
Belo poema, Gerana. E o livro? Será que ainda dá pra encontrar em alguma livraria?
Leandro: obrigada pela visita e pelo comentário. Deixe aqui o endreço do seu blog. Quero fazer uma visita também.
Kátia querida: esqueça o livro, não vale a pena e a dor da leitura. Pegou nosso Bandeira dentro da frase? Você ficou de mandar um exemplar do seu para substituir o que foi levado. Estou esperando. Bjs.
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