Gerana Damulakis
Não, não foi por causa da literatura de José Lins do Rego (1901-1957) que virei leitora. Já lia muito e muito antes do que vou contar. Estava lendo na biblioteca dos meus pais, contava com 13 ou 14 anos, e, terminada a última página de Pedra Bonita, fechei o livro, virei o livro para alisar a capa e senti, mas senti de uma maneira forte e sem volta: ler é uma das coisas mais prazerosas da vida.
Encontrei no Google exatamente a foto da edição de Pedra Bonita que foi acarinhada enquanto conscientemente fiquei sabendo que jamais conseguiria parar de ler. Minha mãe tem a obra completa de Zé Lins e até hoje eu não trouxe tais livros para mim, assim como não li Pedra Bonita em um dos volumes dela. Eu comprei o meu exemplar de Pedra Bonita, pois naquele tempo já começava a minha biblioteca. Hoje, posso dizer sem falsa modéstia que o bom gosto era notório (estou brincando, não existe “bom gosto”, existe o gosto de cada um): havia comprado, guiada por meu próprio juízo de valor: A paixão segundo GH, de Clarice, Antologia de poemas de João Cabral de Melo Neto, A volta do parafuso, de Henry James e tudo, mas tudo mesmo, que havia em tradução para a nossa língua, de Hermann Hesse (e não eram poucos os títulos). Sobre este último, Hermann Hesse, há uma historinha também. Ainda contarei. Hoje é dia de rotular Zé Lins como o anunciador.
Encontrei no Google exatamente a foto da edição de Pedra Bonita que foi acarinhada enquanto conscientemente fiquei sabendo que jamais conseguiria parar de ler. Minha mãe tem a obra completa de Zé Lins e até hoje eu não trouxe tais livros para mim, assim como não li Pedra Bonita em um dos volumes dela. Eu comprei o meu exemplar de Pedra Bonita, pois naquele tempo já começava a minha biblioteca. Hoje, posso dizer sem falsa modéstia que o bom gosto era notório (estou brincando, não existe “bom gosto”, existe o gosto de cada um): havia comprado, guiada por meu próprio juízo de valor: A paixão segundo GH, de Clarice, Antologia de poemas de João Cabral de Melo Neto, A volta do parafuso, de Henry James e tudo, mas tudo mesmo, que havia em tradução para a nossa língua, de Hermann Hesse (e não eram poucos os títulos). Sobre este último, Hermann Hesse, há uma historinha também. Ainda contarei. Hoje é dia de rotular Zé Lins como o anunciador.
3 comentários:
Zé Lins também fui um dos meus anunciadores. Assim como Clarice e Hesse. Ah, Hesse foi um marco na minha vida. Que boa lembrança!
Li muito Zé Lins, e cedo. Vejo no seu texto a morte dele em 1957 - eu tinha 9 anos e lembro! Além de exemplares soltos que foram de meu pai tenho a ficção completa da Aguilar. E Graciliano em 1953 - será possível que me lembre mesmo?
Olá Gerana
Vai pra minha lista, deve ser bem bonito, obrigada pela dica.
Quanto ao Herman Hesse, aguardo anciosa o teu post, eu adoro o ue ele escreve!
bjs
Gi
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