A poesia de Maria Lúcia Martins foi mais uma vez reconhecida: este ano ganhou a publicação de Conversas da noite, pelo Concurso do Banco Capital.
Segue um poema publicado na revista da Biblioteca Nacional, Poesia Sempre.
INTERVALO
------ Maria Lúcia Martins
Intervalo, desistência
– diria ao meu homem – soubesse
marcá-la entre o sexo e sonho,
entre a mulher e a menina.
Todo intervalo é infinito
entre um traço e o que se finda.
Incontáveis cicatrizes,
tempo de gozo e destino.
Qu'alma, sumo e sede de tua
vida, me espelhe, à face clara
de um lago, inda assim, sinto
a desistência no tempo
– tão desvelada – intervalo,
por conquistas de silêncio
e águas do mais profundo.
INTERVALO
------ Maria Lúcia Martins
Intervalo, desistência
– diria ao meu homem – soubesse
marcá-la entre o sexo e sonho,
entre a mulher e a menina.
Todo intervalo é infinito
entre um traço e o que se finda.
Incontáveis cicatrizes,
tempo de gozo e destino.
Qu'alma, sumo e sede de tua
vida, me espelhe, à face clara
de um lago, inda assim, sinto
a desistência no tempo
– tão desvelada – intervalo,
por conquistas de silêncio
e águas do mais profundo.
6 comentários:
O livro mereceu o prêmio, é excelente.
Poesia suave como um barquinho deslizando tranqulo em superfície de águas pacíficas.
Poesia suave e bela, eu completo.
Reli, Maria Lúcia, e como que descobri um encanto que nao percebera tanto na primeira leitura, o da terceira estrofe. Comovente. Ler e reler sua poesia é ir desvendando um certo encanto velado.
Realmente, o poema ganha com releituras.
Lúcia, além de querida, nós sabemos que é verdadeira poeta. Parabéns pelo prêmio, pelo livro e, sempre, por sua poesia.
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