terça-feira, 8 de abril de 2008

A FLORESTA

Gerana Damulakis


Quando a ânsia surge
e a alma derrete feito gelo,
chegam juntos mundos de medos,
de fraquezas,
de incertezas,
de perguntas.
Quando a espera já não se aguenta,
se olha o tempo, passando sem passar,
se deseja sem esperanças,
se cria relógios imaginários,
então nada resolve
para amenizar, ou para fingir
que tudo acabou.



De Guardador de mitos (Edição do Autor, 1993).

5 comentários:

Carlos Vilarinho disse...

É verdade, essa história de "relógio imaginário" para disfarçar, ou fugir, acaba não levando para o nada. E os medos continuam...

Kátia Borges disse...

Oi, Gerana, passei para deixar um beijo e desejar uma boa semana.

Anônimo disse...

Está pessimista. Toda noite clareia em madrugada e se ilumina em novo dia. Quando amanhece os medos vão embora, têm medo da luz. é lei natural, vale a pena dr espaço para a sabedoria da natureza. Um beijo.

Carlos Vilarinho disse...

Perdão, Gláucia, mas o medo não vai embora não... Ele fica espreitando. Fica escondido no fio das cãs esperando a palavra maldita... Queria tanto que ele fosse embora...

Senhorita B. disse...

Muito bonito, Gerana.
Beijos,
Renata