quinta-feira, 26 de março de 2015

MORREU O MESTRE DO CONTO BAIANO: HÉLIO PÓLVORA

Ficcionista por excelência, Hélio Pólvora deixou uma obra de alto nível no conto e no romance. Raramente escrevia poemas e não publicou mais do que um volume de versos na juventude. Sem dúvida merece ser visto como o mestre do conto baiano, com uma obra vasta de reconhecido valor.

Hoje pela manhã, Maria Pólvora me mostrou um poema que Hélio escreveu e colou na porta de seu quarto. Li este poema na cerimônia da cremação de Hélio, no final da tarde. Quero registrar aqui os versos do meu amigo querido.

Eu sou Hélio
o Velho Hélio
de guerra e de dor.

Mas só queria ser
o moço Hélio
de paz e de amor.

Paz e amor
fariam de mim
um Velho em flor.

Por isso lhes peço:
em vez de dissabor
me tragam amor.


Adeus, Hélio.

2 comentários:

silvia zappia disse...

Hélio está en lo más profundo de nuestros corazones.
Hasta siempre, querido amigo.

Ana Tapadas disse...

Querida Gerana,
não conheço quase nada do autor. Obrigada por esta partilha (embora no momento da perda), os autores são intemporais.

Um beijo com saudade.