Gerana Damulakis
----------------------------------S’i credesse che mia risposta fosse
----------------------------------A persona che mai tornasse al mondo,
----------------------------------Questa fiamma staria senza più scosse.
----------------------------------Ma però che già mai di questo fondo
----------------------------------Non torno vivo alcun, s’i’odo il vero,
----------------------------------Sanza tema d’infamia ti rispondo.
---------------------------------Dante Alighieri, La Divina Commedia, Inferno
Então vem, vamos juntos os dois,
A noite cai e já se estende pelo céu,
Parece um doente adormecido a éter sobre a mesa;
Vem comigo por certas ruas semi-desertas
Que são o refúgio de vozes murmuradas
De noites sem repouso em hotéis baratos de uma noite
E restaurantes com serradura e conchas de ostra:
Ruas que se prolongam como argumento enfadonho
De insidiosa intenção
Que te arrasta àquela questão inevitável...
Oh, não perguntes “Qual será?”
Vem lá comigo fazer a tal visita.
Passeiam damas na sala para além e para aqui
E falam de Miguel Ângelo Buonarroti
A névoa amarela que esfrega as costas nas vidraças
O fumo amarelo que esfrega o focinho nas vidraças
Passou a língua dentro dos recantos da noite,
Demorou-se nos charcos que ficam na sarjeta,
Deixou cair nas costas a fuligem solta das chaminés,
Deslizou pelo terraço, de repente deu um salto,
E, ao ver serena aquela noite de Outubro,
Deu uma volta à casa, enroscou-se e dormiu.
Haverá por certo um tempo
Para o fumo amarelo que desliza pela rua
E esfrega as costas nas vidraças;
Haverá um tempo, tempo
De compor um rosto para olhares os rostos que te olharem;
Tempo de matar, tempo de criar,
E tempo para todos os trabalhos e os dias, de mãos
Que se erguem e te deixam cair no prato uma pergunta;
Tempo para ti e tempo para mim,
E tempo ainda para cem indecisões
E outras tantas visões e revisões
Antes de tomar o chá e a torrada.
Passeiam damas na sala para além e para aqui
E falam de Miguel Ângelo Buonarroti.
Haverá por certo um tempo
De pensar se corro tal risco. “Corro tal risco?”
Tempo de virar costas e descer as escadas
Com esta clareira calva no meio do cabelo –
(Hão-de dizer: “Este já tem pouco cabelo!”)
Com a casaca, colarinho hirto subido até ao queixo,
Gravata distinta e discreta mas ornada de um sóbrio alfinete –
(Hão-de dizer: “Que magro está, nos braços e nas pernas!”)
Vou correr o risco
De perturbar o universo?
Num só minuto há tempo
Para decisões e revisões, a revogar noutro minuto.
Pois já as conheço todas bem, conheço todas –
Sei as noites, as tardes, as manhãs,
Às colheres de café andei medindo a minha vida;
Sei que em breve agonia se esvaem as vozes
Abafadas na música de um quarto mais além.
Como havia eu de ousar, assim?
E já conheço os olhares, conheço todos –
Olhares que te reduzem a fórmulas e a dizeres,
E quando eu for apenas fórmula, esticado em alfinete,
Quando estiver na parede, trespassado, contorcido,
Como haverei então de começar
A cuspir as pontas de cigarro dos meus dias e jeitos?
E como havia eu de ousar, assim?
E já conheço os braços, conheço todos –
Braceletes nos braços brancos e nus
(Mas com uma penugem loira à luz do candeeiro)
Será pelo perfume de um vestido
Que sou levado assim a divagar?
Braços estendidos na mesa ou envoltos num xaile.
E havia eu de ousar assim?
Por onde havia eu de começar?
E se eu disser que dou passeios por becos quando anoitece,
E vou fitando o fumo que sobe do cachimbo
De homens em mangas de camisa, à janela, solitários?...
Eu devia ter sido um ferro de duas garras
A rasgar o fundo desses mares de silêncio.
E a tarde, a noite, a dormir tão sossegada!
Afagada por dedos esguios,
A dormir... exausta... ou a fingir,
Estirada aqui no chão, à beira de nós dois.
Depois do chá, dos bolos, dos gelados, eu tinha ainda
Aquela força que provoca a crise do instante?
Mas apesar de lágrimas e jejuns, lágrimas e preces,
E apesar de ter visto a minha cabeça (um tanto calva já) ser entregue numa salva,
Não sou nenhum profeta – e isso pouco importa;
Já vi tremer o meu instante de esplendor
E vi o eterno lacaio agarrar-me a casaca, rindo sorrateiro,
E bastará dizer que tive medo.
E tinha valido a pena, depois de tudo isto,
Depois da geleia, das xícaras, do chá,
Entre porcelanas, a meio de qualquer conversa de nós dois,
Tinha valido a pena
Ter rematado o assunto com um sorriso,
Ter estreitado o universo numa bola
E fazê-la rolar, rumo a qualquer questão inevitável,
E dizer: “Sou Lázaro e venho de entre os mortos.
Voltei para vos contar tudo, vou contar-vos tudo” –
Se alguém, ajeitando a cabeça dela numa almofada,
Dissesse: “Não era nada disso que eu queria dizer
Não é isso, nada disso.”
E tinha valido a pena, depois de tudo,
Tinha mesmo valido a pena,
Depois dos pátios, dos poentes, das ruas chuviscadas,
Dos romances, das xícaras de chá, das saias arrastando pelo chão –
E depois disto e tantas coisas mais? –
Não é possível dizer mesmo o que quero dizer!
Mas se uma lanterna mágica mostrasse na tela a imagem dos nervos:
Tinha valido a pena
Se alguém, compondo a almofada ou tirando um xaile,
Dissesse, ao voltar-se para a janela:
“Não é isso, nada disso,
Não era nada disso que eu queria dizer.”
Não! Não sou o príncipe Hamlet e nem tinha que ser;
Sou um fidalgo da corte, desses que servem
Para aumentar a comitiva, abrir uma ou duas cenas,
Dar conselhos ao príncipe; instrumento dócil, é claro,
Reverente, satisfeito por ser prestável,
Político, meticuloso e avisado;
Cheio de sentenças doutas, um tanto obtuso todavia;
Às vezes, por sinal, quase ridículo –
Quase o bobo, às vezes.
Estou a ficar velho... Estou a ficar velho...
Hei-de andar com a dobra da calça revirada.
E se eu puxar atrás o risco do cabelo? Arrisco-me a trincar
um pêssego?
Hei-de vestir calça de flanela branca e passear na praia.
Já ouvi as sereias cantando, umas às outras.
Creio que para mim não vão cantar.
Tenho-as visto na direcção do mar a cavalgar as ondas
Penteando crinas brancas de ondas encrespadas
Quando o vento revolve as águas escuras e brancas.
Ficámos nas mansões do mar nós dois em abandono
Entre as ondinas com grinaldas de algas castanhas purpurinas
Até que vozes humanas nos despertam e morremos naufragados.
Tradução: João Almeida Flor para a edição da Assírio e Alvim Editora, de 1985, A Canção de Amor de J. Alfred Prufrock.
Um poema inesquecível, o mais belo poema da literatura inglesa do século XX, “A Canção de Amor de J. Alfred Prufrock”, em versos livres que carregam uma angústia palpável, está no livro de T. S. Eliot (1888-1965), Prufrock e outras observações, de 1917. O poema é um monólogo, clama por imagens burguesas, às vezes marginais, ao mesmo tempo em que se mostra algo erudito ao trazer Michel Ângelo, o Princípe Hamlet etc. Assim, o chá com torradas, os hotéis baratos e a conversa sobre Buonarroti, querem mostrar um mundo onde, na verdade, o que reina é o vazio. A canção é uma canção de amor, como reza o título, só que ela traduz a angústia do amor que todavia vacila entre ousar e não ousar, haja vista a disparidade: há o que é refinado e há o que é burlesco, extravagante. O mundo é retratado de forma quase caricatural. Será que vale a pena arriscar?
A CANÇÃO DE AMOR DE J. ALFRED PRUFROCK
----------------------T. S. Eliot
----------------------------------S’i credesse che mia risposta fosse
----------------------------------A persona che mai tornasse al mondo,
----------------------------------Questa fiamma staria senza più scosse.
----------------------------------Ma però che già mai di questo fondo
----------------------------------Non torno vivo alcun, s’i’odo il vero,
----------------------------------Sanza tema d’infamia ti rispondo.
---------------------------------Dante Alighieri, La Divina Commedia, Inferno
Então vem, vamos juntos os dois,
A noite cai e já se estende pelo céu,
Parece um doente adormecido a éter sobre a mesa;
Vem comigo por certas ruas semi-desertas
Que são o refúgio de vozes murmuradas
De noites sem repouso em hotéis baratos de uma noite
E restaurantes com serradura e conchas de ostra:
Ruas que se prolongam como argumento enfadonho
De insidiosa intenção
Que te arrasta àquela questão inevitável...
Oh, não perguntes “Qual será?”
Vem lá comigo fazer a tal visita.
Passeiam damas na sala para além e para aqui
E falam de Miguel Ângelo Buonarroti
A névoa amarela que esfrega as costas nas vidraças
O fumo amarelo que esfrega o focinho nas vidraças
Passou a língua dentro dos recantos da noite,
Demorou-se nos charcos que ficam na sarjeta,
Deixou cair nas costas a fuligem solta das chaminés,
Deslizou pelo terraço, de repente deu um salto,
E, ao ver serena aquela noite de Outubro,
Deu uma volta à casa, enroscou-se e dormiu.
Haverá por certo um tempo
Para o fumo amarelo que desliza pela rua
E esfrega as costas nas vidraças;
Haverá um tempo, tempo
De compor um rosto para olhares os rostos que te olharem;
Tempo de matar, tempo de criar,
E tempo para todos os trabalhos e os dias, de mãos
Que se erguem e te deixam cair no prato uma pergunta;
Tempo para ti e tempo para mim,
E tempo ainda para cem indecisões
E outras tantas visões e revisões
Antes de tomar o chá e a torrada.
Passeiam damas na sala para além e para aqui
E falam de Miguel Ângelo Buonarroti.
Haverá por certo um tempo
De pensar se corro tal risco. “Corro tal risco?”
Tempo de virar costas e descer as escadas
Com esta clareira calva no meio do cabelo –
(Hão-de dizer: “Este já tem pouco cabelo!”)
Com a casaca, colarinho hirto subido até ao queixo,
Gravata distinta e discreta mas ornada de um sóbrio alfinete –
(Hão-de dizer: “Que magro está, nos braços e nas pernas!”)
Vou correr o risco
De perturbar o universo?
Num só minuto há tempo
Para decisões e revisões, a revogar noutro minuto.
Pois já as conheço todas bem, conheço todas –
Sei as noites, as tardes, as manhãs,
Às colheres de café andei medindo a minha vida;
Sei que em breve agonia se esvaem as vozes
Abafadas na música de um quarto mais além.
Como havia eu de ousar, assim?
E já conheço os olhares, conheço todos –
Olhares que te reduzem a fórmulas e a dizeres,
E quando eu for apenas fórmula, esticado em alfinete,
Quando estiver na parede, trespassado, contorcido,
Como haverei então de começar
A cuspir as pontas de cigarro dos meus dias e jeitos?
E como havia eu de ousar, assim?
E já conheço os braços, conheço todos –
Braceletes nos braços brancos e nus
(Mas com uma penugem loira à luz do candeeiro)
Será pelo perfume de um vestido
Que sou levado assim a divagar?
Braços estendidos na mesa ou envoltos num xaile.
E havia eu de ousar assim?
Por onde havia eu de começar?
E se eu disser que dou passeios por becos quando anoitece,
E vou fitando o fumo que sobe do cachimbo
De homens em mangas de camisa, à janela, solitários?...
Eu devia ter sido um ferro de duas garras
A rasgar o fundo desses mares de silêncio.
E a tarde, a noite, a dormir tão sossegada!
Afagada por dedos esguios,
A dormir... exausta... ou a fingir,
Estirada aqui no chão, à beira de nós dois.
Depois do chá, dos bolos, dos gelados, eu tinha ainda
Aquela força que provoca a crise do instante?
Mas apesar de lágrimas e jejuns, lágrimas e preces,
E apesar de ter visto a minha cabeça (um tanto calva já) ser entregue numa salva,
Não sou nenhum profeta – e isso pouco importa;
Já vi tremer o meu instante de esplendor
E vi o eterno lacaio agarrar-me a casaca, rindo sorrateiro,
E bastará dizer que tive medo.
E tinha valido a pena, depois de tudo isto,
Depois da geleia, das xícaras, do chá,
Entre porcelanas, a meio de qualquer conversa de nós dois,
Tinha valido a pena
Ter rematado o assunto com um sorriso,
Ter estreitado o universo numa bola
E fazê-la rolar, rumo a qualquer questão inevitável,
E dizer: “Sou Lázaro e venho de entre os mortos.
Voltei para vos contar tudo, vou contar-vos tudo” –
Se alguém, ajeitando a cabeça dela numa almofada,
Dissesse: “Não era nada disso que eu queria dizer
Não é isso, nada disso.”
E tinha valido a pena, depois de tudo,
Tinha mesmo valido a pena,
Depois dos pátios, dos poentes, das ruas chuviscadas,
Dos romances, das xícaras de chá, das saias arrastando pelo chão –
E depois disto e tantas coisas mais? –
Não é possível dizer mesmo o que quero dizer!
Mas se uma lanterna mágica mostrasse na tela a imagem dos nervos:
Tinha valido a pena
Se alguém, compondo a almofada ou tirando um xaile,
Dissesse, ao voltar-se para a janela:
“Não é isso, nada disso,
Não era nada disso que eu queria dizer.”
Não! Não sou o príncipe Hamlet e nem tinha que ser;
Sou um fidalgo da corte, desses que servem
Para aumentar a comitiva, abrir uma ou duas cenas,
Dar conselhos ao príncipe; instrumento dócil, é claro,
Reverente, satisfeito por ser prestável,
Político, meticuloso e avisado;
Cheio de sentenças doutas, um tanto obtuso todavia;
Às vezes, por sinal, quase ridículo –
Quase o bobo, às vezes.
Estou a ficar velho... Estou a ficar velho...
Hei-de andar com a dobra da calça revirada.
E se eu puxar atrás o risco do cabelo? Arrisco-me a trincar
um pêssego?
Hei-de vestir calça de flanela branca e passear na praia.
Já ouvi as sereias cantando, umas às outras.
Creio que para mim não vão cantar.
Tenho-as visto na direcção do mar a cavalgar as ondas
Penteando crinas brancas de ondas encrespadas
Quando o vento revolve as águas escuras e brancas.
Ficámos nas mansões do mar nós dois em abandono
Entre as ondinas com grinaldas de algas castanhas purpurinas
Até que vozes humanas nos despertam e morremos naufragados.
Tradução: João Almeida Flor para a edição da Assírio e Alvim Editora, de 1985, A Canção de Amor de J. Alfred Prufrock.
Ilustração: La Pâtisserie Cloppe, de Jean Béraud (1849-1935).
101 comentários:
Bela postagem! O que acha sobre a tradução de Ivan Junqueira para o mesmo poema?
De facto «um poema incrível»!
Adorei lê-lo.
Beijinho, Gerana
realmente um poema essencial, eu o tenho com a tradução do Ivan Junqueira,
abraço
GERANA:
No sexto verso do poema deve ser "sem" em lugar de "em":
"restless nights" - noites sem repouso ou noites indormidas, e não noites em repouso.
Como você, adoro este poema.
Forte abraço do SIDNEY
Gerana, eu disse, uma vez, que só podiam existir "A Canção de Amor de J. Alfred Prufrock" e a "Canção de amor" de Paco de Lucia. As demais que assim chamassem ou não eram canções ou não eram amor. Mas eu tinha bem menos anos e era meio radical. Hehe.
Ah! Eu achei extremamente bonitinha você passando pra deixar um beijo!
Eu deixo mil aqui, G!
Inté.
foi bom me perder nesses versos lindos, parabéns pelo seu blog!
Realmente inesquecível, amiga Gerana!
Como o Assis, tenho também a tradução de Ivan Junqueira.
T.S.Eliot... Ah...
É ler este nome e já me lembro de que abril é mês cruel...
O poeta marca-me com ferro quente.
Grande abraço, querida
"Tempo de compor um rosto para olhares os rostos que se olharem", só isto vale por um poema inteiro.
Não há mais tempo para se olharem as pessoas... Que tristeza. E veja a data do poema...
HILTON: gosto da tradução de Ivan Junqueira, mas conheci o poema com a tradução do português Flor e fiquei apegada a ele, daí a preferência.
SIDNEY: valeu o reparo, vou mudar agora.
inolvidable poema, realmente.
ácido, oscuro, enorme Eliot.
un beso*
Passo, releio e deixo um beijinho.
Um poema denso, de metáforas fortes, algumas de uma beleza ímpar.
E como toda obra densa, sujeita a tantas interpretações.
Vida, ousadia, cansaço, velhice,
Mas o que fica , para mim, é um certo tédio, um certo desgaste mesmo que a roda da vida vai criando.
Mas o pêssego, apesar da névoa do tempo vivido, sempre terá em nós a imagem do mais colorido, do mais doce sabor.
Muito obrigado pelo envio da outra tradução do poema do e.e.cummings, já a coloquei lá no blog pois realmente é maravilhosa. E vou procurar o youtube com a Cameron Dias declamando o poema. Muito obrigado pela atenção, minha amiga.
"Depois dos pátios, dos poentes, das ruas chuviscadas,
Dos romances, das xícaras de chá, das saias arrastando pelo chão –
E depois disto e tantas coisas mais? –
Não é possível dizer mesmo o que quero dizer!
Mas se uma lanterna mágica mostrasse na tela a imagem dos nervos:
Tinha valido a pena"
Realmente o poema é lindo.
Dolorosamente lindo.
Parabéns pelo bom gosto.
Beijos.
Obrigada, G. Bjs
Não há o que dizer do seu senso apuradíssimo de bom gosto. Ele é um dos pilares dos desse lado do combalido planeta. Beijos e obrigado.
Adoro Eliot. Um gênio. Amo Burnt Norton.
bjs
Barbaridade, um poema com tantas referências, umas sutis outras declaradas, que daria para escrever um capítulo de um livro para comentá-lo.
Estou a ficar velho, estou a ficar velho.
Às vezes me sinto assim, fazendo número na comitiva, calando sereias, espalhando bolinhos.
Bj
Querida Gerana, muito obrigada pelos lindos poemas! Que bom ter você para nos lembrar dos poemas. Beijos!
Prezada Gerana,
Por algum bug cibernético, seu comentário a respeito de A suave anomalia só ficou visível pra mim recentemente. Além de agradecer o feedback, gostaria de registrar um aspecto fundamental da sua análise: a oposição entre linguagem X trama (estrutura?). É o meu primeiro romance publicado (eu já finalizei outros dois), mas, até hoje, não sei se tenho talento pra coisa. Consigo criar histórias, inventar e dispor tramas ao longo da narrativa, mas ainda suspeito da minha capacidade de converter tudo isso em linguagem. Talvez o rebuscamento de A suave anomalia se explique por aí. Estava experimentando em termos de linguagem e, por ser a minha primeira incursão literária, por vezes posso ter me excedido. A estrutura, reconheço, funciona, mas quem tem mais valor literário, romances "de trama" ou romances "de linguagem"?
Abraço!
Soberbo! Poesia de gente grande. Grande poesia!
Um grande poema, na verdade.
Querida amiga, boa semana.
Beijos.
Minha querida.....correndinho, aqui e em qqr lugar, conecto com vc e pressinto nossa figueira. Saudades.... pensamentos e ações.
Vc tá comigo.
Tão belo quanto enigmático.
Gosto desta Canção de Amor...
"Parece um doente adormecido a éter sobre a mesa..." como é bom isso!
E o poema mantém-se alto, assim como quem não quer nada.
Assim se diz desde a «Carta do Achamento», escrita de Porto Seguro, entre 26 de Abril e 2 de maio de 1500 e nem sequer foi a primeira viagem de portugueses até aí...
Tens razão e eu sei bem, mas tens que admitir que eu escrevo no «fio da navalha», para desacomodar as contradições.
Beijocas, minha «achada» querida e parabéns à filha!
Gerana,
A gente lê uma, duas, três vezes, mas não basta. Nem dez ou vinte. É um poema para estar sempre ao nosso alcance, para se ir lendo...
Valerá a pena arriscar?
Eu, sinceramente, acredito que sim.
Beijo :)
Voltei para ver novos posts, mas não há...
Reli este poema maravilhoso, porque não me canso de o ler.
Beijos, querida amiga.
Ô, Gerana! Eu também sou apaixonada por este poema, mas já estou com saudade docê.
mesmo na correria de um dia cheio, não posso deixar de comentar que parei para ler esse poema. inesquecível.
É sempre uma delicia ler-te!...
Bjsss
AL
Mais que inesquecível, Gerana.
Ou quase inexistente...pelo vazio, pela angústia mas sobretudo pela imensa beleza.
Eu sempre aprendo contigo.
Beijos, bom final de semana!
G.
Cadê você?
Tá tudo bem contigo? Está de férias??
Mande notícias.
beijo.
BF
Um poema que é preciso guardar e reler de vez em quando. Minhas traduções são de Ivan Junqueira e do meu querido mestre Jorge Wanderley.
Beijo pra você.
Sim, estou de férias e sem PC.
Bjão.
maravilhosa postagem...
que falta me fez este espaço....
abraços!
G
Que alívio :)
Aproveite!!!
Super beijo.
Ai, Gerana! Que bom, que alívio!
Boas férias, com descanso, aproveite!
Beijos e beijos.
Bom dia, minha amiga. Não tenho visto postagens, sinto falta , e me preocupei. Está tudo bem com vc? Grande abraço.
De férias e sem PC...
Está perdoada, querida amiga Gerana.
Boas férias.
Um beijo.
cadê você ?
saudade.
BOAS E REPOUSANTES FÉRIAS!
Beijo
Poema maravilhoso. Espelho d'água da alma. Para ler, reler e absorver. Imagens poéticas impressionantes como " Haverá um tempo, tempo
De compor um rosto para olhares os rostos que te olharem"
Boas férias Gerana.
Boas férias mas...volta, please!
Gerana..... perdeu meu fone?
estava apreensivo com a ausencia mas aqui soube das férias. então é aproveitar ao máximo,
abraço
eu vou parir um avestruz se você não voltar logo!
:)
escuta...
quéla critina linda da Caetana CRIULINa
me mandou aqui....
bendita hora!
estou tentando roubar uma mudinha até agora!
ai!
Não é cobrança, Gerana, é que você é dessas pessoas que nos acostumam mal. Aí a gente sente saudades.
Você faz falta, é necessária.
beijos
Saudades, Gerana! Desejo boas férias. Um beijo. Jefferson.
Gerana, não tive tempo de ler esse seu post mas precisava te mostrar isso:
http://www.cnpq.br/saladeimprensa/noticias/2010/1129.htm
Veja aí!
Beijos!
Gerana, diz aí pra tua filha que se vc não responder minhas súplicas(heheheh) eu vou co0meçar a escrever aqui no blog heim!
muito frio?
eu tô com o frio da saudade
Geraninha: há mais de um mês que vc não posta nada! O que houve? Segue uma provocação para você: Quais os 10 melhores livros publicados nesta década que se encerra, e porque?
cansou? desapareceu? mudou-se para qualquer lugar distante daqui?
Gerana, férias longas assim tira quem pode. VOCÊ NÃO PODE!
rs
Tá deixando dezenas de amigos órfãos das tuas preciosas observações literárias e das visitas com as quais nos alegra tanto.
CHEGA DE DESCANSO!
Póios za mu pei pu Gerana einai;
(Quem vai me dizer onde está Gerana?)
((Caso que houbesse esquecido o portugués até virar grega...estou relendo a gramática de Thomas Dimitrakis! bjs))
Ai, Gerana! Eu já tô cuma saudade!
Cara Gerana,
Espero que você esteja bem, e aproveitando suas férias como merece (embora morar em Salvador já seja quase viver em férias).
Mas você faz muita falta por aqui.
Teu blog é um farol que sinaliza ótimas indicações na internet.
Feliz Natal e bom ano novo.
Abraço,
JR.
Gerana, bom Natal e feliz 2011!
Gerana, bom Natal e feliz 2011!
Gerana, um grande Natal e que o novo ano traga paz, saúde e muito sucesso.
Beijo beijo
G, sua sumida!! Um Natal muito feliz para ti e um ano-novo bem bacana :)
saudades!!
beijos
Feliz Natal, minha amiga!
Beijo.
Querida Gerana, então vem, vamos juntas as duas, rumo a 2011, com muitos livros e leitura na cabeça e no coração.
Obrigada pelos lindos poemas e escritos com os quais nos presenteou esse ano. Obrigada pele leitura da Pausa do Tempo.
Desejo a você e a sua família um Ano Novo com muito Amor, paz, saúde, felicidade, prosperidade. Grande beijo!
Gerana, cadê você???
Gerana Feliz ano novo! um abraço e a continuar tirando livros das prateleiras.
um abrazo
gerana,
passo pra dar uma curtida no blog e deixar meu derradeiro abraço de 2010.
que 2011 nos faça justiça e nos cubra de glórias...rs
merecemos, né?
beijo grande do
roberto.
Querida Gerana,
Um ano cheio de graça para vc. Muitas leituras, muitos encontros, muita criação.
Um abraço.
Gerana, o Caroço voltou à ativa. Mestrado terminado, missão cumprida. Conto com suas visitas e comentários.
Beijo e um felicíssimo 2011.
Gerana, liguei, no reveillon, tanto para sua casa quanto para seu celular e não consegui falar com você. Estou com saudades! Volte, por favor, com o blog!
Bjos.
Gerana, que tenhamos muitos poemas neste ano de 2011! Tudo de bom, querida.
Um grande abraço.
Jefferson.
gerana,
cê anda mais sumida que dindim no meu boldo.
a quantas?
aonde?
abração do
r.
Gerana, já não está na hora de uma nova postagem? Desculpe a cobrança, mas não sou o único! Brincadeiras a parte, aguardamos notícias.
Um grande Xi minha querida. Desejo-lhe tudo de muito bom.Beijinhos e saudades.
Saudades de você G.
Fique sempre na paz.
Beijos
Gerana, por Deus, manda notícias vai!!!!!!!
Senão serei obrigada a citar o pequeno príncipe, naquela passagem que Misse gosta de citar.
Não me faça passar essa vergonha vai!
Gerana,
um poema de vento, de tempo, de memória.Adoro passar as horas aqui.
ótimo 2011 pra vc.
Saudades, Gerana. Bjs
Geraninha.... que feio. Vc tá me deixando preocupara
Oi Gerana, faz tempo que não venho aqui, seu blog está nos meus favoritos, tenho um selinho pra você lá no meu blog, dá uma olhadinha http://katieparavidatoda.blogspot.com/2011/02/selinhos.html
Ei, nos abandonou, menina? Aparece, vai!
Beijos,
Gerana, estamos com saudade.
Aliás, como meu blog registrou algumas visitas de países eslavos, como Rússia, Sérvia ..., e me deu a impressão de que foi você.
Acho que três meses de férias já é demais (até para bahiano).
JR
Estou pensando se o avestruz já fez aniversário.
Gerana, tá tudo bem?
Olá, Gerana, sinto muita falta de tuas postagens, de tua presença, de tuas palavras. Você faz falta, minha amiga, e muita. Está tudo bem? Troque pelo menos uma palavrinha com a gente, ok? Abração.
hoje o mileumpoemas chega a postagem 500 e eu queria te agradecer pelas palavras e gentilezas que depositaste nos meus escritos durante esse tempo. ao mesmo tempo, rogo que estejas bem nesse período de ausencia e torço para um retorno breve,
abraços a ti
hoje li seu comentário lá no Fernando. faço das palavras dele as minhas. não nos deixe privados do seu bem gosto, das suas escolhas, e do seu companheirismo. muitas felicidades, e desculpe seus comentaristas descuidados.
hoje li seu comentário lá no Fernando. faço das palavras dele as minhas. não nos deixe privados do seu bem gosto, das suas escolhas, e do seu companheirismo. muitas felicidades, e desculpe seus comentaristas descuidados.
Gerana,
O meu email é joaorenatomarino@hotmail.com, e eu gostaria de saber o que houve.
JR.
Gerana, sinto falta de você. Sinto falta desse espaço. Nessa semana, ao chegar de viagem, liguei pra você. Você está aqui em Salvador? Bjso.
cara Gerana,estou com uma amiga lendo o seu blog e falando-lhe de vocé; espero que vc seja com saùde e bom espíritu.
Saudades,
Ignacio
Gerana, agora só te perdoo quando voltares...
Mesmo assim, deixo-te um beijo...
Retorne! A literatura precisa de espaços de qualidade como esse.
Gerana, quedê você/
Muita saudade, viu?
Beijo grande.
OI, GERANA, TEM UM SELO PARA VOCÊ EM MEU BLOG, O PRÊMIO KREATIVE BLOGGER. COPIE LÁ, E VEJA AS REGRAS. APAREÇA, SAUDADE. ABRAÇÃO.
Guarde meus votos de um restabelecimento completo, uma saúde perfeita e um regresso muito breve. Precisamos da sua cultura, da sua escolha, e do seu apoio. Todos seus posts nos são importantes. Beijos e até breve.
Gerana, eu me lembro muito bem, quando quis dizer se você estava curada, era do mal a que você se referiu. A saúde física está bem, felizmente, e a outra a emocional esteve meio abalada, e o meu pedido era, na época e agora também, para você esquecer isso e voltar ao convívio, assim que possível.
Então, esclarecidos que estamos, aguardo com carinho sua disposição voltar. Beijos, sempre.
Pelo amor da poesia, onde vc se escondeu? Não consigo ficar sem ler suas escolhas tão preciosas. Volte!
Não conhecia essa tradução e este poema carrega em si todo o peso de uma geração e o medo de existir no tédio, a luta entre o desejo e a impotência, a existência e o envelhecer, a ansiedade de transitar em um novo mundo urbano e a necessidade de alienar-se a ele. Valeu a lembrança!! Beijus,
passando só para deixar um bj, a esperança do seu breve retorno e o desejo de que esteja tudo bem contigo.
Nessa blogosfera vivemos relações limitadas, nos acostumamos com algumas pessoas, desfrutamos de seus posts, comentários. quando aluém fica ausente, fica um enorme vazio provocado pela falta de noticias, mesmo que seja aquela que diz: cansei de bloggar!. E torcemos sempre para que não seja uma parada obrigada e indesejada.
paz e bem p vc...
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visite meu blog, minha flor, vc vai gostar:
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e vamos trocar link's.
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