Mônica Menezes lançará Estranhamentos (P55 Edições, 2010), um livro de poemas realizados sob o poder da sensibilidade. Poeta sensível, pois, que absorve a vida, cada detalhe da vida, e faz versos líricos sobre a realidade e sobre os sonhos.
SONHO DE BAILARINA
Mônica Menezes
da caixa onde vivo
não posso alcançar o teu beijo
e guardo-me encolhida
os braços enlaçando as próprias pernas
os lábios comprimindo o desejo
já faz muito tempo
e esta caixa é minha única sina
mas noites a fio
(esgarçando os dedos de menina)
entremeio cristais e seda fina
e um diáfano vestido teço
para o sonho de ser bailarina
Visite o blog http://angelaemonica.wordpress.com/ sobre o lançamento do livro Estranhamentos, dia 3 de agosto, na Livraria Tom do Saber, no Rio vermelho.
10 comentários:
Agradeço sua generosidade e gentileza para com Mônica e sua poesia. Sensibilizado, deixo aqui meu abraço, (carlos barbosa)
Mônica, sempre sensível. Escritora e amiga que admiro demais. Seus versos conseguem me ler de forma especial. Aliás, conseguem tocar a todos que, verdadeiramente, amam a arte poética. Bom demais essa publicação...
Lindo, mágico, recorrente...
Sonho singelo como singelos os versos - poesia natural, sem adornos, muitos parabéns de
Fátima
Gerana, ando sem palavras. Ando, assim, estranhamente. Beijos, obrigada, obrigada, obrigada
Mônica Menezes é uma das mais sensíveis e interessantes poetas que conheço. será um belíssimo livro para a Coleção Cartas Bahia. Viva!!
Sensibilidade é a palavra, para falar da obra de Mônica. Como aliás atesta esse sonho de bailarina!
Mônica,
Linda poesia.
Postei um texto no meu blog sobre o nosso encontro, ontem, em frente à seção de POESIA da LDM. Mandei um e-mail te avisando, mas ele retornou.
Passe por lá:
www .verapassos.blogspot.com
E passe para Ângela Vilma e Mayrant, se gostar!
Mônica, toda doçura. Essa poesia tinha que sere a alma de Mônica. Ela nos enleva pela sensibilidade.
Poesia de grande delicadez nos mostra como um ser guardado em toda sua potencialidade, com "lábios comprimindo o desejo" não explede violentamente, antes esgarça "os dedos de menina", e com um gesto solitário tece sonhos. Parabéns pelo belo poema!
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