sexta-feira, 18 de junho de 2010

JOSÉ SARAMAGO (16 DE NOVEMBRO DE 1922- 18 DE JUNHO DE 2010)


Gerana Damulakis

A morte me cala.
Não encontro palavras para fazer uma homenagem ao escritor que admiro e hoje se foi.
A morte vence as palavras.
Cada livro escrito por Saramago foi lido com enorme entusiasmo. Suas frases, seu estilo único, suas histórias... Já escrevi tanto sobre seus romances e, invariavelmente, intitulei meus textos "Saramago, sempre Saramago", dada a quantidade de vezes que senti necessidade de escrever sobre sua obra e, agora, fiquei travada.
Quem vem ao Leitora, encontra nos slides, logo no primeiro, a foto do meu escritor de cabeceira.
Quem já leu alguma coisa aqui, sabe que tenho um caderno com trechos retirados dos romances, livro a livro. Li tudo de Saramago. Já postei, inclusive, poemas de Saramago. Tal admiração, tal empatia, diante da morte dele levanta uma imensa tristeza.
Resta recorrer a ele próprio:

Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é so um dia mais.
José Saramago

23 comentários:

Tania regina Contreiras disse...

Gerana, de fato, sem palavras: dizer o que quando o silêncio é definitivo?

abraços,
tania

Caio Rudá de Oliveira disse...

ainda em estado de choque. particularmente, nunca tinha passado pela experiência de perder uma referência. é estranho; como se eles fossem nos acompanhar para sempre com suas obras, como se a cada ano lesse a notícia do mais novo lançamento.

silvia zappia disse...

sólo puedo decir:hasta siempre,José.

besos*

Georgio Rios disse...

Uma falta a lamentar sim.Caio, um autor com o qual nos identificamos semprenos acompanha. Eu fico com o silêncio. Lamnetando assim.

Edu O. disse...

Pois é, o trem levando mais um tão importante nesse mundão cego de meu Deus.

João Renato disse...

Gerana,
Pensei em ti quando li a notícia.
Saramago foi alguém que nasceu comum e sem especiais espectativas, mas que se contruíu grande devido ao seu humanismo.
O fato dele ser português, com a mesma cara de padeiro ou dono de botequim que muitos, e falar e escrever em nossa língua, nos dava uma proximidade bem grande.
Foi uma vida bonita, uma pessoa que se fez bem maior que o seu destino.
Abraço,
JR.

Bípede Falante disse...

Quando vi a notícia, senti-me estranha. E é estranho sentir-se estranho pela perda de alguém que não nos conhece e, ao mesmo tempo, conhece em cada detalhe quando nos escreve em histórias que não são e são as nossas.

Ana Tapadas disse...

Como disse o autor: « A morte é necessária para que continue a vida...». Difícil é acreditar que o escritor - poeta se calou...e eu também não tenho outros livros dele para ler, só reler.
Beijinho

claudio rodrigues disse...

Grande perda, ficamos mais pobres e cegos.

Gildeone dos Santos Oliveira disse...

A morte resolveu hoje não fazer greve como imaginou o próprio SaraMAGO das letras. Realmente encontrar palavras é defícil. Resta a certeza de que a voz de José ecoará sempre através dos cadernos de todos os cadernos (livros) do escritor e de seus leitores também.

glaucia lemos disse...

Foi a primeira coisa que li hoje ao acessar o uol. O impacto foi tal que automaticamente exclamei: NÃO! E me deu uma tristeza como se o conhecesse pessoalmente.fiquei um tanto magoada o dia inteiro. No entanto, como registrei no facebook: Não o conheci pesoalmente, mas conhecer todos os seus romances, lê-lo com a avidez com que sempre o fiz, e amá-lo com minha possibilidade de admiração, não será conhecê-lo? Tenho bem razão para estar hoje mais triste de que ontem.

BLOGZOOM disse...

Então ele subiu os andares para continuar esplendido pelos ares celestes. Deixando a saudade aqui embaixo, daqueles que sempre o admiraram. Unico escritor da lingua portuguesa a receber o Premio Nobel.

Alexandre Kovacs disse...

Todos sabíamos como estava próximo o fim de Saramago, mas como é triste saber que nunca mais teremos o prazer de ler um novo livro dele...

Unknown disse...

e ele estará sempre a nos açodar com sua luz, e aos outros que virão após,

abraço

Lisarda disse...

"É tão fundo o silêncio entre as estrelas.
Nem o som da palavra se propaga.
Nem o canto das aves milagrosas.
Mas lá, entre as estrelas, onde somos
Um astro recriado, é que se ouve
O íntimo rumor que abre as rosas."

Um abraço.

José Carlos Brandão disse...

José Saramago
Levantado do Chão
para sempre.

O Neto do Herculano disse...

Definitivamente, 2010 tem sido um ano triste para a literatura.

Paula: pesponteando disse...

Ao me deparar com a notícia, fiquei sem chão, olhei no blog dele e nada. Me deu certo alívio. mas não durou muito, pois fui no site da Fundação e lá estava...a confirmação.
Ele sabia que a imortalidade era impossível em termos reais. mas como negar que ele já é um imortal?

Gisele Freire disse...

Oi Ge
Também fiquei muito triste.
... e vc que tantas e tantas vezes falou sobre este grande senhor!
Bejinho pra vc e acabei por postar uma foto igual a tua rs, tantas fotos pra escolher e fui escolher justo uma igual a tua rs, sincronicidades darling.
Bom fim de semana pra ti.
Gi

silvia zappia disse...

hola Gerana, de nuevo yo por aquí
hoy un amigo me mandó este enlace, y me acordé de vos.
aquí te lo dejo, aunque tal vez ya lo conozcas.
besos*

http://www.youtube.com/watch?v=ac9XG_lGrSA&feature=player_embedded

Juan Moravagine Carneiro disse...

O multifacetado em Saramago se fará presente mesmo em sua ausência...

abraço

Anônimo disse...

Gerana
sei que é um lapso de meu carater, mas NUNCA li Saramago. Implicância, sei lá. Mas ao lê-lo aqui no leitora, até intuo o pq. Mas não vou falar pra não ser excomungada.

Sei como é triste morrer um escritor de nossa lista dos melhores. Eu fiquei assim com a Lilian Hellman, com o Miller, o Henry, e recentemente como um escritor policial, que adoro o gênero, o Stieg Larsson.

Ah tbm como o Kurt Vonnegut Jr, Marguerite Yourcenar...são tantos...

Ivan Bueno disse...

Gerana,
A perda de Saramago é uma perda de todo o mundo, até mesmo daqueles que não o sabem.
Senti-me muito abatido com a notícia de seu falecimento, como se perdesse um amigo íntimo. Na verdade, tenho dito, o é, pois as grandes obras e seus autores tornam-se nossos amigos e companheiros íntimos, falam por nós, até.
Que sigamos em paz, nós que continuamos neste mundo, agora desfalcado de um de seus mais fascinantes "neurônios".

A tempo, obrigado pela visita ao meu blog, pela leitura e espero que siga. Todo comentário e crítica será sempre bem vindo. Te aguardo mais.

Aqui, sigo lendo e já sou seguidor.
Beijo grande,

Ivan Bueno
blog: Empirismo Vernacular
www.eng-ivanbueno.blogspot.com