Acaba de sair mais um volume da coleção ROTEIRO DA POESIA BRASILEIRA (Global, 2009). Trata-se do volume ANOS 2000, organizado por Marco Lucchesi.
Residentes na Bahia são cinco: Cleberton do Santos, José Inácio Vieira de Melo, Kátia Borges Marcus Vinícius Rodrigues e Vanessa Buffone. Nascidos na Bahia: Kátia Borges e Marcus Vinícius Rodrigues.
O livro contempla os poetas que lançaram a partir do ano 2000. O organizador se valeu de indicações de escritores espalhados pelo país para conhecer os poetas.
Eis a divisão pelo Brasil
45 poetas dos seguintes estados
Rio de Janeiro: 16 (Vanessa Buffone)
São Paulo: 9
Pernambuco: 4
Minas Gerais: 3
Paraná: 3
Rio Grande do Sul: 3
Bahia: 2 (Kátia Borges e Marcus Vinícius Rodrigues)
Alagoas: 1 (José Inácio Vieira de Melo)
Sergipe: 1 (Cleberton Santos)
Ceará: 1
Piauí: 1
Brasília: 1Pará: 1
Residentes na Bahia são cinco: Cleberton do Santos, José Inácio Vieira de Melo, Kátia Borges Marcus Vinícius Rodrigues e Vanessa Buffone. Nascidos na Bahia: Kátia Borges e Marcus Vinícius Rodrigues.
O livro contempla os poetas que lançaram a partir do ano 2000. O organizador se valeu de indicações de escritores espalhados pelo país para conhecer os poetas.
Eis a divisão pelo Brasil
45 poetas dos seguintes estados
Rio de Janeiro: 16 (Vanessa Buffone)
São Paulo: 9
Pernambuco: 4
Minas Gerais: 3
Paraná: 3
Rio Grande do Sul: 3
Bahia: 2 (Kátia Borges e Marcus Vinícius Rodrigues)
Alagoas: 1 (José Inácio Vieira de Melo)
Sergipe: 1 (Cleberton Santos)
Ceará: 1
Piauí: 1
Brasília: 1Pará: 1
36 comentários:
É, o organizaor do livro conheceu pouca gente, pelo menos na Bahia. Como optar por um Cleberton Santos e JIVM e ignorar Silvério Duque, Nívia Maria Vasconcelos, Patríce de Moraes, Bernardo Linhares, João Filho, Henrique Wagner, muito mais poetas. Parece-me uma obra pouco válida, não diz nada sobre a poesia na Bahia nesta década, tampouco é representativa. Tem que ver em loco, não se valer de indicações de amigos. Isso é passadista demais.
QUE BELEZA A ESCOLHA DOS POETAS DESTA ANTOLOGIA QUE JÁ NASCE FADADA AO ENCALHAMENTO NAS PRATELEIRAS DAS LIVRARIAS. TENHAM CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA, NÃO DERRUBEM ÁRVORES PARA FAZEREM PAPEL E IMPRIMIR ESTE ENGODO.
MIGUEL CARNEIRO.
Antologia é sempre complicado, né, Gerana? Mas vou procurar o livro, conhecer alguns poetas novos.
Hoje estou mais contente, papai melhorou. Beijo!
Parabéns Kátia e JIVM e aos demais poetas baianos.
Abraço.
MIGUEL: obrigada por comentar. Todos têm o direito de se posicionar, observar, avalaiar e emitir opinião. Tanto que seu comentário permanece aqui. Porém, quando se abandona a crítica do texto para rotular a pessoa, para ofender e xingar, então já não se trata de coisa séria. Apaguei seu último comentário por esta razão, aqui não é lugar para tal.
O Leitora está aberto sempre para sua opinião sobre textos. Inclusive, porque vc é um escritor de valor.
Parabéns aos selecionados, embora haja pouca gente nossa. Especialmente abraços a Kátia, José Inácio e demais baianos participantes.(Zé já é baiano honorário!)Toda antologia tem lacunas.
Parabéns aos participantes,senti que há pouca gente nossa. Especiais abraços a Kátia e José Inácio e aos demais baianos (Zé já é baiano honorário)Toda antologia tem lacunas.
Querida Gerana,
Sei que a emoção ultrapassa à prudência e a sensatez. Desculpe-me! E VINDO DE VOSSA PARTE O COMENTÁRIO, EU OS ACOLHO COM GRATIDÃO. MIGUEL CARNEIRO.
Antologias são complicadas quando se abre mão de critérios elementares para se privilegiar os vínculos pessoais. Acabo de incluir em "Diálogos - Panorama da nova poesia grapiúna", pessoais que sequer conhecia, mas que possuem poemas muito bons. O amigos que estão em Diálogos merecem, outros amigos ficaram de fora. Mas, fazer o quê? O que não se pode é se valer de "indicações" para publicar uma antologia. Sobretudo, é necessário conhecer muito bem os autores do local, muitos autores do local, para se fazer uma antologia qualitativa. O organizador não me parece merecer crédito.
Querida Gerana, alegria grande saber que o Leitora está firme e forte!! E alegria também por mais uma antologia de poesia circulando! Creio que o título é esclarecedor: "roteiro". E roteiro não é único. Quem quiser faz o seu. Estranho seria se agradasse a todos, né? Só não acho legal desmerecerem os contemplados (sei que não é o seu caso). Com certeza o organizador recebeu indicações, mas selecionou o que foi do próprio agrado. Afinal, o nome dele está na capa... Beijão e vida longa!
Bom dia!
Quando chegará a Portugal?
Antologia é sempre assim: gera polámicas.
Beijinho e obrigada por divulgar.
Meu caro Lima (Trindade?), não faço esse papel de desmerecer a poesia de ninguém. É que esse círculo está meio viciado, vc não acha? Há tanta gente boa fazendo poesia na Bahia enquanto os nomes referendados são sempre os mesmos. Quem tiver olhos para ver, que veja. Posso começar hoje mesmo a trabalhar por uma nova antologia da poesia baiana e mostrar o quanto ela é muito melhor que aquilo que vem aparecendo.
Concordo com Lima: há possibilidade de se elaborar mais de um roteiro da poesia baiana, talvez mais dois, três, dez...
Mas uma coisa é citar outros nomes, outra bem diferente é infamar os escolhidos ou dizer que o organizador não merece crédito. Dizer isso de Marco Lucchesi dá a impressão de que a pessoa está com inveja. Não afirmo categoricamente, até porque não conheço quem fez esse infeliz comentário. Mas que dá a impressão dá.
E, como dizia a minha saudosa avó, quem sabe faz, quem não sabe desfaz.
Pois é Vitor, tenho meus critérios muito bem balizados e os exponho com correção, até pq conheço muito bem a poesia baiana, entretanto, meu caro, não lhe conheço. O que você já fez mesmo na poesia baiana? O que Marcos Luchesi conhece da obra dos nossos poetas? Meu ensaio sobre a poesia na Bahia, que versa apenas sobre o século XX, já avança em mais de 300 laudas, e hoje, no lançamento de "Diálogos - Panorama da nova poesia grapiúna", Editus, florilégio do qual sou o organizador, na Academia de Letras de Ilhéus, farei uma palestra sobre o tema. Sua avó está certa, quem não conhece não deve opinar.
Além de minha avó, você também está certo. Não fiz nada na poesia baiana. Eu não disse isso. O que disse é que quem afirma que Marco Lucchesi não merece crédito deve estar com inveja. Se não é o caso, me desculpe. Mas você não pode evitar que eu tenha essa impressão. O que Marcos Luchesi conhece da obra dos nossos poetas? Meu caro, tentarei mais uma vez me fazer entendido: um roteiro da poesia baiana não precisa ter todos os poetas da Bahia nem, obviamente, ter exatamente aqueles que você conhece. O Marco Lucchesi conhece pouco? Conhece muito? Conhece mais ou menos? É difícil saber. Não foi ainda inventado um medidor de conhecimento. Mas, certamente, ele deve ter feito uma pesquisa para chegar a esses nomes. Ele é um homem sério. Não faria algo assim, como você diz, apenas por indicação. E, repito, certamente há outros poetas que mereceriam o espaço, até mesmo você, embora não saiba se você é poeta ou se é só crítico literário. Reconheço que sei pouco e não me envergonho disso. Mas você fala como se soubesse tudo. Por exemplo, seu ensaio sobre a poesia na Bahia, que versa apenas sobre o século XX, já avança em mais de 300 laudas, mas certamente não tem o nome Maurício Bastos de Almeida, Leonam Oliveira ou Diva Ducarmo (todos de Jequié). São bons, são ruins? Quem sabe? Eles poderiam reivindicar a inclusão de seus nomes na antologia que você fará. Porque 300 laudas é pouco para falar da poesia baiana, mesmo para os que pesquisaram profundamente. Enfim, acho (eu com toda a minha inferioridade diante de suas 300 laudas) que você deveria parabenizar os escolhidos, educadamente. E não vir para cá com atitudes grosseiras e, repito, invejosas.
Gente, o Gustavo Felicíssimo está demais, não está! Arrotando por cima: “escrevi um ensaio sobre a poesia baiana com mais de 300 laudas". “Quem é você, Vitor? O que fez pela poesia baiana?”. O que pra mim fica bem à vista, e ele faz muito bem, é falar mal do José Inácio - sua grande especialidade, desde quando encabeçava a famosa “Musa desbocada”. Não sabe ele que o José Inácio é um dos mais representativos poetas do Brasil da sua geração. E não é um Gustavo Felicíssimo qualquer que diz isso não, são nomes como Lêdo Ivo, o grapiúna Hélio Pólvora (esse sim, maravilhoso), Marco Lucchesi, Sânzio de Azevedo, Aleilton Fonseca, Izacyl Guimarães Ferreira e tantos outros.
O que vai acabar matando esse rapaz, o Gustavo, é a inveja do José Inácio. Uma certa vez, ele chegou na Ceasa do Rio Vermelho, no almoço das quintas, com uns poemas horrorosos de sua árdua lavra, com o título “poemas lampiônicos” ou algo dessa natureza. Além de ficar exibindo aquela versalhada deprimente, não perdia a oportunidade de falar mal do Zé Inácio, até que nós escorraçamos ele de lá.
Olha, eu já li a antologia do Lucchesi. Confesso que não achei maravilhosa, assim como também achei lacunas na dos anos 70, na qual está Ruy Espinheira Filho, mas toda antologia que eu conheço é assim (com certeza a grande antologia grapiúna do Felicíssimo deve ser perfeita, a tirar por sua arrogância). Realmente, a antologia dos anos 2000 poderia ter mais poetas baianos. Dos 15 poetas cariocas, apenas três me chamaram a atenção: Fábio Rocha, Henrique Marques Samyn e Igor Fagundes. A Vanessa Buffone também é boa poeta, mas é baiana. Só fez nascer no Rio. Os outros 13 cariocas são fracos, mas o mais fraco deles ainda é melhor que a versalhada lampionica do Felicíssimo. Os pontos altos da antologia do Lucchesi são Alexandre Bonafim (MG/SP), Fábio Rocha (RJ), Igor Fagundes (RJ), Kátia Borges (BA), Luiz Felipe Leprevost (PR), Micheliny Verunschk (PE), Rodrigo Petronio (SP) e José Inácio Vieira de Melo (AL/BA). Gustavo, meu velho, siga a força do seu nome e procure ser feliz, porque você, com sua inveja e desespero, não vai conseguir apagar a beleza da poesia do Zé Inácio nem muito menos o prestígio que ele goza no Brasil. Você pode passar mil e uma noites escrevendo milhares de ensaios, mas vai ser em vão. Vá fazer sua poesia, rapaz. Seja Felicíssimo.
C. B. R.
Para encerrar minha participação nessa contenda, devo dizer que nunca me escondi atrás de pseudônimo nenhum para dizer o que quer que seja, sobre quem quer que seja, também nunca escrevi versos lampiônicos ou fui escurraçado do único almoço que participei no Rio Vermelho. Pelo contrário, lembro-me de ter me deliciado com as histórias de James e Ruy. Mas esse que assina com a sigla C.B.R (Carlos Barbosa?), deve ter seus motivos, assim como José Inácio teve os dele quando criou o pseudônimo CECÍLIA MOURÃO, inaugurando a recente onda de novos epigramistas na Bahia, onda da qual parece-me ter sido o principal alvo e da qual não participo e condeno sob todos os aspectos. As pessoas que fazem epigramas para desmerecerem outras sabem dessa minha posição. Porém, sob esse pseudônimo, CECÍLIA MOURÃO, JIVM assinou missívas contra mim e contra outros escritores por e-mail e até no café do cronópios. O próprio JIVM assumiu o pseudônimo e a autoria das missívas em uma manhã no antigo Sebo Diadorim, do nosso querido João Filho (que ele se recupere bem da cirurgia), na presença de diversas pessoas queridas. Chamei a atenção para esta antologia pq os nomes referendados são sempre os mesmos e a nova poesia baiana não possui apenas meia dúzia de autores. Possui poetas muitos melhores que alguns daqueles que estão no compêndio, prova inconteste de que o Sr. Luchesi recebeu, mesmo, foi indicações ao invés de pesquisar. Quem tiver olhos de ver, que veja.
Acho que não há qualquer sombra de subjetividade ao afirmar que Marco Lucchesi pouco ou nada sabe sobre poesia baiana, ao menos a poesia que ele tentou contemplar em seu roteiro. Há uma porção de nomes sérios, de poetas da mesma geração, que escrevem muito bem e ficaram de fora. É preciso, no entanto, atentar para o fato de que muitos desses bons poetas não se divulgam, vivem numa espécie de auto-exílio, e então, dificultam o trabalho de um organizador de antologias. Os poetas baianos escolhidos por Lucchesi são bem atuantes: participam de concursos, editais, debates, realizam eventos etc... Quem trabalha mais que José Inácio, em poesia? Agora, darei minha opinião. Está claro que é uma opinião, para todos? Pois bem: para mim Inácio tem uns 5 poemas bons. Bons, no máximo. Se o Lucchesi escolheu esses cinco, tudo bem. O que diz Ledo Ivo e tantos outros nomes da grande poesia brasileira jamais determinou nada para mim. Já li grandes poetas prefaciando, com panegíricos, os mais terríveis poetastros... Bruno Tolentino vivia falando mal do Alexei Bueno, e escreveu uma orelha extremamente elogiosa ao poeta carioca... Política. Jamais acreditei numa palavra sequer de prefácio ou apresentação. Quem faz o prefácio de cada livro que leio sou eu mesmo. Ferreira Gullar escreve para gato e cachorro. Jorge Amado era de uma generosidade franciscana! Ruy Espinheira elogiou Narlan Mattos!!! Nada disso é literatura. Melhor é cada um ler o que gosta e pronto. Prazer, antes de tudo. Bem,Marcus Vinícius e Katia Borges (minha predileta) têm poesia para participar de qualquer antologia. Agora, Cleberton Santos, me perdoe, mas seus poemas não são sequer publicáveis, quanto mais premiáveis... Quem participou da bancada do Prêmio Banco Capital que premiou o Cleberton? Não conheço a poesia de Vanessa Buffone. Não li nada da moça. Quero ainda fazer um comentário ao comentário do Vitor Nascimento. Ele diz que não se pode medir conhecimento... Mas claro que pode! Então todas as provas do mundo são improváveis? E a obra de cada autor, que vem a ser senão um tipo de conhecimento? Lucchesi mostrou, nessa escolha, no mínimo precipitação. Irresponsabilidade, ao fim e ao cabo... Era preciso mais pesquisa sim, para ir além do ouro de aluvião... Acho que o Gustavo estava se referindo a isso quando citou as 300 laudas de seu estudo sobre a poesia baiana. Não vi nas palavras do Gustavo inveja ou arrogância. Aliás, numa cultura em que a fraternidade é vermelha e só há elogio, quem faz uma crítica está sempre com inveja... Será que o Agripino Grieco sofria de inveja, quando escrevia seus textos contundentes e honestos culturalmente? Bem, quis o Gustavo dizer que faltou pesquisa, faltou conhecimento de causa, digamos.
E isso não é pouca coisa: uma antologia representa uma época, uma geração etc. Há grande responsabilidade da mídia sobre o que acontece em cada período de uma cultura. A mídia pode acabar com um grande poeta ou elevar um J.G de Araújo Jorge... E se se trata de um livro publicado por grande editora, então... Cadernos culturais que privilegiam amigos, espécie de correntes ou pirâmides... Existe um "negócio" chamado "amigo literário": o sujeito vira amigo de alguém se esse alguém gosta da obra dele.Isso é da noite para o dia: amigos íntimos. Se não gosta, vira inimigo. Não há meio-termo. Então vão-se fazendo telhados, como queria Oswald. Não há honestidade cultural para ler a obra, apenas, e esquecer a pessoa. Amigos se publicam e trocam figurinhas o tempo todo... Eu não me dou com Inácio, mas ele tem um trabalho de muitos anos em poesia, merece sim ser publicado, ser divulgado etc... Deve haver espaço para os "inimigos" também, se eles tiverem talento... Quem for o autor do julgamento, que pense a respeito disso, que seja honesto culturalmente, porque essa panela já está preta, carbonizada... Henrique Wagner
Ter inveja é um atestado de incompetência, além de ser revelação de um péssimo caráter.
Devemos parabenizar os contemplados pela coletânea-anos2000
Ass. Leitor indignado com os comentários invejosos.
Desde que me entendo por gente, ao lançamento de qualquer antologia, sempre aparecem os de cotovelos doloridos. Já era de se esperar.
Essas briguinhas que desembocam nas lavações de roupa pessoais, só fazem denegrir a imagem dos intelectuais que se preocupam em criticar negativamente os demais e dividir opiniões com tanta deselegancia. Lamentável. Que tal crescer, gente?
"Política literária
Carlos Drummond de Andrade
O poeta municipal
discute com o poeta estadual
qual deles é capaz de bater o poeta federal.
Enquanto isso o poeta federal
tira ouro do nariz."
vão morrer provincianos! Sorry, baianada!
Construir uma Antologia, por mais hábil e capaz que uma pessoa seja, é uma das coisas mais complicadas e arriscadas que alguém, em são juízo se presta a fazer em sua vida; principalmente pelo fato dessa tarefa, irrefutavelmente, despertar a indignação de alguém; ou por não ver o seu trabalho ali publicado, ou, por não achar, nesta publicação, um trabalho do qual ele goste e considere digno de ali se fazer presente.
Pela qualidade de sua poesia, que conheço bem, e por seu trabalho como crítico, que muito pouco conheço, Marco Lucchesi é uma das pessoas mais capazes de construir uma antologia permeada de riqueza e de qualidade, mas como disse a pouco, quem o livrará de irrefutáveis indignações?
Parece-me que a grande questão está na atuação destes poetas no círculo literário baiano, que, sem sombra de dúvidas, é muito grande; basta conferir os cadernos culturais, os concursos literários, as raríssimas, mas existentes, entrevistas em rádio e TV, e veremos que há uma razão muito grande para que estes nomes se façam presentes; por isso, não vou, de forma alguma, atacar o trabalho de Lucchesi, nem os critérios pelos quais ele chegou a esta tão “famigerada” lista. Embora, dado aos círculos de amizades que se fazem entre muitos escritores, que criam, promovem, participam e premiam-se mutuamente, com a ajuda cooperativista que tanto banaliza a política, e que não se faz diferente nos meios literários de todo o Brasil, entre Academia, Cadernos Culturais e tapinhas nos ombros, temo que Marco Lucchesi tenha sido vítima das aparências muito mais do que muitos leigos e desapercebidos que, sentados na poltrona de suas casas, de frente para algum programa sensacionalista de televisão ao meio-dia, dão tanta importância a assuntos ligados à Literatura quanto se dá a um mosquito que acabou de ser esmagado pelo jornal de ontem... aqueeeele que continha um certo caderninho, com uns poeminhas...?!
Mas, pensando melhor... bem que Marco Lucchesi poderia ter dado uma olhadinha na Bahia para além de Salvador... ali, em Ilhéus, em Feira de Santana, em Cachoeira... Ele só não pode dizer que foi contagiado pela famosa “preguiçinha baiana”... continua...
Pior que o cooperativismo deliberado é o espírito cooperativista intrínseco, pelo que me parece existir no espírito sujo de muita gente, que, infelizmente, acha que uma pessoa que critica, por melhor e construtiva que seja a crítica, é uma invejosa e uma infeliz que não realizou seus sonhos e aspirações, e, mais interessante ainda, é se valer de críticas para criticar o uso da crítica propriamente dita... porra!!!
Gustavo Felicíssimo, a quem aprendi facilmente a admirar como pessoa e como artista, é um defensor de idéias e filosofias e ver alguma inveja em seus comentários é o mesmo que enxergar a pedagogia de Piaget num programa da Xuxa. O que será de mim, então, após publicar este comentário? Miserere mei, Deus: secundum magnam misericordiam tuam...
Tão importante quanto o fato de defender uma idéia, e ainda mais uma filosofia, é vivê-la, é torná-la a essência de sua existência e nela construir uma vida singular, baseada naquilo que se tem como verdade ou missão, e, isso, cabe também, e talvez mais (ou mais freqüentemente) aos poetas.
É o caso, por exemplo, do Gustavo Felicíssimo, atualmente um dos melhores, mais promissores e ativos poetas da atual Literatura Baiana e Brasileira; atividade que vai além da poesia e se estende para um trabalho de divulgação das novas gerações poéticas e que, graças a qualidade tanto de sua poesia como de seu trabalho de crítico e de divulgador, tem sido reconhecido por muitos dos melhores poetas e críticos do país, a exemplo de Pedro Sette Câmara, Cláudia Cordeiro e Luis Dolhnikoff e, logicamente, atacado e invejado por uma leva considerável de nossos medíocres alguma-coisa.
Eu, particularmente, considero as micro-entrevistas da série Três perguntas para... (conferir: http://sopadepoesia.zip.net/), uma das idéias mais bem boladas da Internet e, mais particularmente ainda, um dos melhores projetos dos quais participei. O fato de se fazer presente em várias revistas e sites de poesia, como o Cronópios e, mais recentemente, Plataforma para a poesia, além de seu blog, Sopa de poesia, ser reconhecidamente premiado, pela revista Veja, como um dos melhores blogs do país, são exemplos concretos de que Gustavo Felicíssimo merece todos os elogios que, sem medo ou pudor, e, sim, com sinceridade e débito, venho prestar a ele nestas poucas e insuficientes palavras.
Se o Gustavo fez quaisquer comentários sobre seja lá o que for, ele deve ser julgado pela qualidade e veracidade dos comentários que fez e não porque, simplesmente, teve a coragem o dever e a capacidade lúcida e bem fundada de fazê-lo... o que ou quem se presta contra estas coisas, sim, é um invejoso ou um cooptado por ela.
É incrível, mas é sempre os mesmos, os mesmos nos prêmios, nas notas em jornais
É incrível, mas é sempre os mesmos, os mesmos nos prêmios, nas notas em jornais
Sugiro que os leitores procurem e leiam poemas de todos os poetas citados ou que escreveram aqui. Há trabalhos deles disponíveis para leitura, é só jogar os nomes no Google. Leiam, avaliem e tirem suas próprias conclusões.
Querida Gerana,
Acho que o Ediney quis dizer :¨São sempre os mesmos¨.
Ediney, várias pessoas acham que fazem poesia, mas poucos são qualificados, ou seja, alguns têm qualidades em seus versos.
L.I.C.I
Alertado por pessoa amiga, registro aqui o óbvio para quem me conhece: não posto comentários anonimamente, não utilizo iniciais como asinatura (C.B.R. não são iniciais do meu nome), nunca vi o tal livro em questão, parabenizo quem dele participa. Vivo e deixo viver. (carlos barbosa)
Carlos Barbosa: eu faço questão de deixar claro que em momento algum sequer pensei que pudesse ser seu o comentário referido.
Tenho certeza disso, Gerana. Conheço bem e admiro sua elegância no trato pessoal e seu real interesse pela literatura. Abr. (carlos barbosa)
O diagnóstico é simples: a "jovem" literatura baiana é cria do ego do Sr. JIVM, enquanto essa "juventude" igualmente egolatra continuar louvando este senhor será sempre esse marasmo, essa mediocridade. Entendo que nos comentários há exageros e que listas sao sempre polemicas, porem o cancer,o mal é o filho do Pai Mané. Que volte pras Alagoas e deixe nossa Bahia linda e rica em paz.
Me espanta um pouco a indignação e o ar de surpresa de alguns de vocês. Muito se discutiu nas Ciências humanas sobre as alterações causadas pelo observador no campo de pesquisa. Acho que se trata mais ou menos disso. Uma antologia não é um discurso? e como tal não é ideológico? Rio/SP no centro do livro não nos é surpresa. Alias surpresa seria se assim não fosse. Façamos nosso trabalho. E mostremos a eles se tem ou não poesia na Bahia. O Gustavo Felicíssimo não acabou de lançar uma coletânea, é isso aí. Bem mais util que os brados irritados de quem se sente alijado, é o trabalho de quem tem o que mostrar. Quantos milênio demoraram para ver Gregorio e Kilkery? Quantos demoraram para ver algum bom poeta por aqui. Cabe a nós enchegarmo-nos e publicar. Cada um com suas preferências, mas com ética e verdade.
abraços
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