segunda-feira, 12 de outubro de 2009

ADEUS, COLUMBUS

Gerana Damulakis



Para quem gosta da leitura dos livros de Philip Roth, o fato de haver muitos títulos traduzidos é uma sorte. Sim, porque o autor vicia. Mesmo seu livro de estréia Adeus, Columbus, é um show do autor já pronto. A coletânea de narrativas curtas foi responsável pelo surgimento do escritor norte-americano no cenário literário. Em nenhum momento é o livro de um estreante, no sentido mais costumeiro, ou, talvez, no sentido previamente considerado pela maioria. Sim, porque o autor, em total domínio de seu estilo, já traz suas marcas, tanto nos recursos utilizados para a sedução, quanto nos temas que serão explorados vida literária afora. A novela-título persiste como um de seus textos mais memoráveis. Há dois dos contos antológicos: ”A conversão dos judeus” e “Eli, o fanático”. Presentes o humor algo mordaz, com o qual mira a sociedade da época, e a visão realista, com a qual tece seus personagens tão palpáveis. Enfim, a leitura prazerosa e admirativa não é por isto ou por aquilo, mas produto do todo construído por Philip Roth.
Assumo ser viciada na literatura de Philip Roth e assumo ter feito o caminho ao contrário, pois só li Adeus, Columbus este ano. Após o título mais recente, Indignação, a vontade de continuar com o autor me levou a procurar o que todavia não conhecia de uma obra que já é tão íntima.

Um comentário:

anna disse...

Philip Roth é D+.