quinta-feira, 13 de agosto de 2009

PAIXÃO É..., AMOR É..., AMIZADE É...

Gerana Damulakis

A paixão nasce assim, coisa de um instante e, nasceu. É um sentimento arrebatador, que embriaga, que cega. Não é o amor que é cego. Cega é a paixão, estado alucinante, mas, convenhamos, uma delícia. Ainda bem que acaba em tempo, para não enlouquecer o sujeito apaixonado, mas pode se transformar, melhor ainda.
Amor é transformação de algo que existia anteriormente, seja admiração, seja confiança, seja respeito, seja mesmo paixão.
Amizade é o único sentimento que se constrói. Sendo sentimento em permanente construção, são as vivências dos bons e dos maus momentos que conferem o alicerce seguro da amizade, pois que é composição feita tijolo após tijolo. Não há quem obrigue o outro a sentir amizade por quaisquer meios. Sentimento especial, o mais desinteressado e o mais difícil. Uma pedra fora do lugar e fica um edifício feio.
Sem pensar muito, deixando fluir o gosto sem interferência do conhecimento, o romance que retrata a paixão com mais intensidade é Servidão Humana, de Somerset Maugham. O que retrata o amor na sua maior constância ao longo da vida é O amor nos tempos do cólera, de Gabriel García Márquez. E, por fim, a amizade tão bem retratada em Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas.

7 comentários:

Anônimo disse...

Gostei muito de seu texto, Gerana. A amizade -para mim- é TUDO. Como você diz a paixão é delicosa sim, e passa. O amor... também passa (fica, às vezes fica mal ficado). Uma amizade de mesmo é boa, é para toda vida.

glaucia lemos disse...

Muito boa a sua colocação dos romances emblemáticos dos três estados amorosos.Entendo estados amorosos porque tanto a paixão quanto a amizade também tem o componente amoroso. Servidão humana é realmente o exemplo da paixão ao ponto extremo, aquela que leva a pessoa a alcançar os pontos extremos da existência, o mais elevado em termos de doação, como o mais degradante em termos de submissão. Preciso relê-lo. Maughan extremou-se naquele texto.

anna disse...

Servidão Humana é paixão total, acaba com o personagem, ele perde o limite completamente. Só quem já sentiu paixão entende o tamanho do desespero do personagem.

Pedro disse...

O filme em cima do livro de Gabo, O amor nos tempos do cólera, é um filmaço!
Não li os 3 livros.

Janaina Amado disse...

Lindo post, Gerana, muito bem escolhidos os livros. Também, como Maria, priorizo a amizade. E imagino que o amor duradouro tem por base a amizade, você não acha?

Lidi disse...

Que beleza de post, adorei. Fiquei curiosa em ler os livros. Um beijo, Gerana.

aeronauta disse...

Ah, O amor nos tempos do cólera, livro eterno...