para aeronauta
Já fiz uma postagem usando o mesmo trecho que reproduzo abaixo do romance O conquistador, de Almeida Faria.
(...) cuja soma dá o número sete, sinal da felicidade e dos destinos raros. Não em vão se invocam os sete dias da criação, os sete anos que Jacob serviu Raquel, os sete pecados mortais, as sete portas de Tebas, os sete muros que cercam a Cidade Celeste, as sete obras de misericórdia,, os sete andares do céu, os sete dons do Espírito, as sete maravilhas dessa terra, os sete planetas e os sete metais que se lhe referem, as sete estrelas do grupo das Plêiades, os sete braços dos sete candelabros empunhados pelos sete anjos que rodeiam o trono divino e que soarão as sete trombetas no Dia do Juízo.
Este romance breve de Almeida Faria é um deleite, saiu pela Rocco em 1993. O nosso Lêdo Ivo diz nas "orelhas": "Toda aventura humana é a promessa de um naufrágio". Definindo extraordinariamente a aventura de O conquistador, o poeta Lêdo Ivo escreveu um texto tão admirável quanto o romance. Acrescento que a aventura aqui é sinônimo também de uma diluição do personagem; aliás isto foi apontado. O que, de resto, resulta no mesmo. Vale embarcar com Almeida Faria: ressalto que "a sabedoria das superstições" dão um toque extra. Leitura de primeira.
7 comentários:
Oi, Gerana, estava lendo ontem um poema de Idea Vilariño e eis lá um sete muito bem empregado. Só os grandes sabem utilizar maravilhosamente o sete na literatura!
Obrigada pela dedicatória.
E o número 3 é a perfeição: começo, meio e fim. Está neste livro. Veja lá.
Eu tenho uma coisa com número 7... Mas muito mais com núemros pares kkkk Quase tudo é número par para mim.
Fiquei curiosa em ler esse livro.
Beijos Gerana
"Toda aventura humana é a promessa de um naufrágio", gostei imenso da frase-poema do Ledo Ivo. O trecho do livro de Almeida Faria dá vontade de lê-lo inteiro.
Oi, gosto do número 3, para mim é mágico.
Gosto de 21, que é 3 x 7. Parece legal o livro!
Muito interessante.Outra superstição referente ao sete: Na infância escutava pessoas do interior falarem que a sétima filha de uma família (tendo nascido sete seguidas sem nenhum homem entre elas) deveria ser batizada pela irmã mais velha, porque trazia o destino de ser uma bruxa, e só o batismo pela primogênita a salvaria da maldição. O mesmo ref. ao sétimo filho do sexo masculino que se tornaria lobisomem nas mesmas circunstâncias. Haja Superstição!
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