domingo, 22 de agosto de 2010

DA SENSIBILIDADE



Gerana Damulakis

Álvaro de Campos e os domingos estão associados. Nada de extraordinário. O poeta remete muitos dos seus versos aos domingos ("Nenhum domingo.../ Nunca domingo..."). São seus gritos, no entanto, que tenho vontade de colocar aqui. Como eles estão em um longo texto, segue um trecho muito pequeno de "Ultimatum":

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------------------- ----------------------ATENÇÃO!

--------------------------------- Proclamo, em primeiro lugar,

----------------------------A Lei de Malthus da Sensibilidade

Os estímulos da sensibilidade aumentam em progressão geométrica; a própria sensibilidade apenas em progressão aritmétrica.

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Álvaro de Campos

Ilustração: Golconde, de René Magritte (1898-1967).

13 comentários:

Bípede Falante disse...

G. !!! Depois falo da sensibilidade. Vim aqui falar da saudade, que eu estava louca de saudades de entrar nos blogs, de ler vocês :)
A partir de amanhã, estarei super ligada de novo. Beijo!!!

Unknown disse...

Magritte e Álvaro de Campos no domingo é muito bom, aliás pura sensibilidade,


abraço

Tania regina Contreiras disse...

Bom toque para um domingo, Gerana...
Beijos

silvia zappia disse...

este grito de Álvaro de Campos es perfecto para un domingo.

y me quedé pensando...


besos,Gerana*

aeronauta disse...

Álvaro de Campos é puro dilaceramento.

João Renato disse...

Beijo,Beijo,Beijo, porque eu estou aqui,
JR.

M. disse...

Obrigada pelos comentários sobre o lançamento. Bjs

Jefferson Bessa disse...

A sensabilidade, as equações, a poesia e o Álvaro de Campos. Gerana, confesso que não pude deixar associar o tipo do homem presente no quadro de Magritte com a imagem que Almada Negreiros fez de Campos. São muito parecidos. Muito bem pensada a postagem! Excelente. Beijos do Jefferson.

Caio Rudá de Oliveira disse...

ceci n'est pas une peinture...

terça-feira estarei lá, gerana. inclusive para pegar os livros de georgio.

AC disse...

Álvaro de Campos é bom para todos os dias (hoje é segunda) da semana...

beijo :)

- Luli Facciolla - disse...

Ê alegria! Adoro ler essas coisas!

Beijo

gláucia lemos disse...

Quando vejo Magritte não enxergo mais nada. Ele que é o maior exemplo do surrealismo "puro". O desenho é perfeito, bem dosado, equilibrado, mimético mesmo, o conceito é que foge à lógica. Mas ele explicava: "Nenhuma forma tem nome tão definitivo que não possa ter outro nome conforme sua situação. Assim um pão deslizando no ar, levado pelo vento, na imensidão, já não se chama pão, passa a chamar-se nuvem." Não é demais? alguém resiste a tal genialidade? Os homens da sua ilustração não mais se chamam homens, têm o nome de chuva.

Anônimo disse...

Gerana, nunca fui boa em matemática, nem em geometria, então fico com a impressão que não entendi bem... hehehe.

Mas querida, tenho muito estímulo à minha sensibilidade, e um deles, que nunca falha, são teus posts. Caprichados, bem escritos, as imagens sempre certeiras....

Ah... domingos....