terça-feira, 19 de outubro de 2010

OS POETAS FÁUSTICOS


Os tempos fáusticos na lírica do lugar, de Dalila Machado, cujo lançamento está marcado para o dia 20 de outubro, quarta-feira, na Biblioteca Pública do Estado, a partir das 19 horas, cria uma ponte entre três poetas baianos. Nas palavras de Dalila: " A ponte entre Luiz José Junqueira Freire, Pedro Kilkerry e Alberto Luiz Baraúna, poetas fáusticos, já existia, sempre existiu, aliás, fui lá e descobri, voltei e escrevi e agora quero dar a ler o achado, o encontrado, a riqueza do legado poético que herdamos e que temos o direito de tomar posse".

As expressões "poetas fáusticos", "tempos fáusticos", foram criadas por Dalila Machado, bem como a hipótese teórica de que existe uma vertente demoníaca na literatura ocidental, que a literatura brasileira acompanha muito bem.

Dalila explica seu interesse: "Desde o meu mestrado, defendido em 1989, na UFBA, em teoria da literatura, trabalho com essa hipótese, minha dissertação foi sobre a questão do pacto na literatura, chama-se "O pacto de Fausto e a modernidade", onde mostro a evolução desse tema, desde o Fausto de Goethe até Grande sertão: veredas, do Rosa, passando por outros dois momentos, o dos poetas malditos franceses e o do Doutor Fausto, de Mann".