sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

LIVRARIA CULTURA

Gerana Damulakis

Na postagem de 30 de novembro último, intitulada “Livraria Cultura”, José Saramago, em seu blog O Caderno de Saramago (http://caderno.josesaramago.org/page/17/), escreveu:
“A última imagem que levamos do Brasil é a de uma bonita livraria, uma catedral de livros, moderna, eficaz, bela. É a Livraria Cultura, está no Conjunto Nacional. É uma livraria para comprar livros, claro, mas também para desfrutar do espectáculo impressionante de tantos títulos organizados de uma forma tão atractiva, como se não fosse um armazém, como se de uma obra de arte se tratasse. A Livraria Cultura é uma obra de arte.
O meu editor, Luis Schwarcz, da Companhia das Letras, sabia que me ia emocionar este portento, por isso me levou. Também me tocou bastante a livraria da Companhia, ver estantes luminosas com obras de fundo, os clássicos de sempre expostos como outros fazem com as novidades. E todos juntos oferecidos ao leitor, que tem o difícil mas interessante dilema de não saber que escolher.”
No dia seguinte, parece que o encantamento ainda tomava conta das lembranças do autor de A viagem do elefante, haja vista o retorno ao mesmo tema: “Ontem deixei aqui algumas frases admirativas sobre as magníficas instalações da Livraria Cultura, em São Paulo. Ao assunto volto, em primeiro lugar para reiterar como justiça devida, a impressão de deslumbramento que ali experimentámos, Pilar e eu...”
A livraria Cultura é realmente uma obra de arte, como definiu meu autor de cabeceira. E ali estive por conta do entusiasmo dele. Na foto, como comentei com Kátia Borges, pareço, metaforicamente, é óbvio, uma criança visitando uma doceria ou uma loja de brinquedos, dado o sorriso de um canto ao outro. Para quem ama os livros, a Cultura é um templo.
Notinha: não estranhem tanta roupa em pleno dezembro, lembrem que havia uma frente fria no sudeste do país na semana dos shows de Madonna e, afora a desculpa verdadeira, lembrem que eu sou da Bahia, terra do sol e da alegria.