Aramis Ribeiro Costa
Amor não se define - é mágica e loucura
Encontro e desencontro e encanto conquistado
É cegueira total e olhar que tudo apura
E tem em tal contraste o fogo renovado.
Indefinido amor, impulso incontrolado
Que se refaz de espera e tudo crê e jura
Que arde e consome e mata o próprio ser amado
Amor que se acomoda, amor que se aventura.
Amor que nasce morto e ainda assim existe
Amor que se desgasta em vão e se maltrata
Amor que tudo pode e deve e exige e serve!
Amor - encantamento que afinal resiste
A esperança maior, a sensação mais grata.
Indefinido amor: que o sonho te conserve!
Soneto de Espelho Partido - Sonetos Escolhidos 1971-1996 (Funceb, 1996).
quinta-feira, 17 de julho de 2008
SONETO DO AMOR INDEFINIDO
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