sábado, 22 de maio de 2010

SEM VOCÊ



AUSÊNCIA: Todo episódio de linguagem que põe em cena a ausência do objeto amado - quisquer que sejam a causa e a duração - e tende a transformar essa ausência em prova de abandono.
Roland Barthes in Fragmentos de um discurso amoroso (Francisco Alves Editora, 1991).

Sinto sua ausência hoje e enquanto viver sentirei, porque você é sinônimo de amor, do meu amor maior. Hoje você faria aniversário. Faria, não faz mais. Dentro de mim, todavia, você existe com todo potencial de amor que sempre despertou. Como uma criança aprende o que é o amor? Eu aprendi cedo com cada troca de olhar, com minhas latas de pêssego trazidas logo numa caixa grande repleta, para que a criança que gostava de pêssegos não deixasse de tê-los momento algum. Prestar atenção à satisfação do outro, olhar para ela falando com as meninas dos olhos (eu era sua menina dos olhos, você disse), e isso tudo é amor, o primeiro e o único que atravessa a vida sem altos e baixos. Firme e forte na presença e na ausência de hoje, um 22 de maio sem você, meu pai.
GD

Ilustração: Rosa Meditativa, de Salvador Dalí.

A MULHER DOS SONHOS


Recebi ontem também o meu exemplar de A mulher dos sonhos & outras histórias de humor (Via Litterarum, 2010), do escritor e acadêmico Aleilton Fonseca, cujo prefácio assino igualmente com muita honra e prazer. O livro será lançado em junho.

CONTOS DE SEXTA-FEIRA



Recebi ontem, no Encontro Literário da Academia de Letras da Bahia, o meu exemplar de Contos de sexta-feira (Assembleia Legislativa do Estado da bahia - Selo Primeira Edição, 2010), do escritor e acadêmico Carlos Ribeiro, cujo prefácio assino com muita honra e prazer.

Retirei do seu site CR Jornalismo & Literatura (http://www.carlosribeiroescritor.com.br/) o seguinte texto:

Conforme ressalta Gerana Damulakis, o livro traz um forte acento da memória, que rege a maioria dos contos; além da presença marcante da cidade de Salvador, especialmente do bairro de Itapuã, onde o autor viveu da infância até o início da sua fase adulta. Este aspecto é reforçado por Suzana Varjão: “Quase todo grande autor possui suas recorrências – de lugar, de tempo, de tema... (...) No Carlos Ribeiro de Contos de sexta-feira, algumas das mais evidentes permanências são melancólicos finais de tarde, os anos 60, ruas e casarios da cidade do Salvador”. E acrescenta: “Os espaços primordiais de suas reflexões são ‘entrelugares’; zonas limítrofes – e indefinidas – entre os mundos material e espiritual; ficções e realidades; terceiras margens, por onde transitam espantos, silêncios, perdas, saudades, memórias, solidões”. Selo Primeira Edição / Assembléia Legislativa da Bahia, 2010, 186 páginas.