sexta-feira, 4 de setembro de 2009

ECLESIASTES








Gláucia Lemos




Há um tempo de caminhar na praia
e alumbrar os olhos no horizonte
ante o nascer do sol.

Há um tempo de postar-se à janela
e, mão no queixo, contemplar a luz difusa
da hora do sol se por.

Há um tempo de saber das folhas secas
que perderam seu tempo de validade
e caíram para o chão.

Perdoa, meu amor,
o meu alheamento.
Eu hoje estou varrendo folhas mortas
do chão do meu jardim.