quinta-feira, 6 de novembro de 2008

SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN

Gerana Damulakis

Nasceu em 6 de novembro de 1919, em Porto, Portugal. Não há melhor homenagem do que a leitura de seus versos. A poeta, contista e tradutora morreu em 2004, aos 84 anos, em Lisboa. Recebeu o Prêmio Camões em 1999.
Entre os tais versos que me acompanham, como costumo escrever aqui, estão estes:

A bela e pura palavra Poesia/ Tanto pelos caminhos se arrastou/ Que alta noite a encontrei perdida/ Num bordel onde um morto a assassinou.

Mergulhar na poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen, sendo ela uma das maiores poetas da língua portuguesa contemporânea, é mergulhar num mar puro. Digo mar, pois é evidente a importância do mar na sua obra, e digo puro porque a sua é uma poesia que chama por esta palavra.

A hora da partida soa quando
Escurece o jardim e o vento passa,
Estala o chão e as portas batem, quando
A noite cada nó em si deslaça.

A hora da partida soa quando
as árvores parecem inspiradas
Como se tudo nelas germinasse.

Soa quando no fundo dos espelhos
Me é estranha e longínqua a minha face
E de mim se desprende a minha vida.


Foto retirada do site http://www.instituto-camoes.pt/

PARABÉNS PARA CRISTOVÃO TEZZA!

Gerana Damulakis
Cristovão Tezza venceu o Prêmio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa com O Filho Eterno (Record), publicado no ano passado. Também ganhou o Prêmio Bravo! Prime de Cultura, na categoria melhor livro do ano, e o Jabuti para melhor romance, além de ter sido agraciado pela Associação Paulista dos Críticos de Arte.
O escritor catarinense vive em Curitiba e é autor de vários títulos, entre os quais lembro com prazer as leituras de A suavidade do Vento, Juliano Pavollini e Trapo.

Foto de stat.correioweb.com.br