terça-feira, 5 de maio de 2009
SONETO DE MAIO
Aramis Ribeiro Costa
Trazes as chuvas - maio - impiedosas
Como as lágrimas duras que trouxeste
Em ontem que a lembrança o crepe veste
Chuvas de noites ermas, tormentosas.
Tuas noites - espinhos sem as rosas
Noites partidas - dor maior que deste
Pranto que foi, ficou, e ainda reste
Das tuas noites mortas e chuvosas.
Mortas, mortais, imorredouras noites
As tuas - que magoam como açoites
Insidiosas noites como as urzes!
Enquanto atiras chuvas fortes, ventos
Na convulsão cruel dos elementos
Avivas - maio - em mim as tuas cruzes!
De Espelho Partido - Sonetos Escolhidos.
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4 comentários:
Muito bom seu soneto,Aramis. Bela construção.
Bonito, intenso, visceral.
Já tinha lido, mas relê-lo foi repetir um prazer, isto eu nunca dispenso. Beijo, Aramis.
belíssimOOOOOOOOOOOOOOO!
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