Gerana Damulakis
Mágoa, que dor
— lugar onde cheguei,
espaço onde pisei.
No entanto,
gastando quilômetros
de lágrimas,
noctâmbulo oito
horas,
transpondo seus muros
árabes, muralhas
chinesas, paredões
castristas
tal contido estava,
parecendo perdido,
acorrentado, rumo
à saída certa,
única e onipotente
da morte.
Transpondo a estrada
do pranto,
sim transpus, lavando
as águas nas águas
da fonte;
renasci aqui, em pé,
de pé no monte
das minhas palavras.
Do livro Guardador de mitos.
5 comentários:
Êta, 29 de janeiro produtivo, madrinha!!!!
FELICIDADES também!!!!
Abração,Parabéns, congratulations...
Parabéns, dona Gerana. Que seja de absoluta paz e de absoluta saude a nova etapa. Tudo lugar comum, para equilibrar com o lugar incomum que você ocupa na sua dedicação às letras, e na sua personalidade de mulher determinada e vitoriosa.Beijos amigos.
Ainda bem que, como você diz (repetindo Aramis), poesia é a ficção do sentimento, porque este poema é muito triste. Parabéns, alegria para seu coração.
Obrigadão, querida madrinha, pela homenagem e pela amizade.
Parabéns! Paz, saúde, e dindim, que não faz mal a ninguém.
Beijos.
Não considero este poema triste, mas terno e exaltante, como só podem ser as palavras irrompendo dos escombros da miséria humana.
Beijo.
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